Pivetta, Maggi e Mendes são os mais ricos da lista de 410 candidatos

Os empresários Otaviano Pivetta (PDT), Blairo Maggi (PR) e Mauro Mendes (PSB) são os mais ricos dos 410 candidatos nas eleições gerais deste ano no Estado. O patrimônio declarado dos três soma R$ 625,2 milhões. Candidato a vice-governador da chapa de Mendes, Pivetta disse à Justiça Eleitoral que os seus bens estão avaliados em R$ 415,7 milhões. Desse patrimônio, precisa ser subtraído R$ 141,4 milhões porque entram como dívidas declaradas à Receita, reduzindo-o para R$ 274,3 milhões. Mesmo considerando os passivos, Pivetta figura no topo da lista dos candidatos mais abastados. Ele começou na vida pública como prefeito de Lucas do Rio Verde. Depois de dois mandatos, se elegeu deputado estadual e agora concorre como vice de Mendes.

A declaração de bens é uma das exigências da Justiça Eleitoral imposta aos candidatos. No pleito deste ano são 4 na disputa ao governo estadual com seus vice, 7 na briga pelas duas vagas ao Senado, cada um com dois suplentes, 90 concorrem às 8 vagas de deputado federal e 291 estão inscritos na briga pelas 24 cadeiras na Assembleia Legislativa.

Entre os bens de Pivetta estão empresas, fazendas, veículos, emissora de rádio e quinhões de capital, como da cooperativa de Ensino Universidade Dois Mil Ltda, Coagril, Coabra, Agropecuária Margarida, Sicredo Novo Mundo, Parque das Emas Imp. Imobiliários e da Vanguarda Paraná Logística, São Paulo Logística e e MT Logística de Transporte. É dono das fazendas Ribeiro do Céu, Mãe Margarida, Terra Santa e Margarida. Somente a sua Companhia de Melhoramentos DPO Oeste da Bahia Pivetta avalia em R$ 136,3 milhões.

Um dos acionistas do Grupo Amaggi, Blairo Maggi possui um patrimônio de R$ 152,4 milhões. São terrenos, casas e fazendas em Iguaçu e Curitiba e Capanema (os 3 no PR) e Camboriu (SC) e também em seis municípios mato-grossenses, sendo eles Tangará da Serra, Rondonópolis, Chapada dos Guimarães, Água Boa, Sapezal e Campo Novo do Parecis. Seu apartamento em Camboriu está orçado em R$ 554,8 mil. Possui uma casa de condomínio em Chapada dos Guimarães que custa R$ 1,5 milhão. A mansão em Rondonópolis custa R$ 4,3 milhões. Entre as empresas do ex-governador estão Amaggi Amidos, Amaggi Construções, Hermasa Navegação da Amazônia, Segredo Energia, Jesuíta Energia, BBM Administração e Participação, André Maggi Internacional, Agrícola e Pecuária Morro Azul.

Mauro Mendes, que busca cadeira de governador, avalia seus bens em R$ 57,1 milhões. As cotas da Bimetal somam R$ 27,3 milhões. Possui diversos imóveis e fundo de ações. Sua mansão no Jardim Itália está orçada em R$ 630,3 mil. Possui fundos de investimentos no Banco do Brasil de mais de R$ 1 milhão e outros quase R$ 5 milhões no banco Itaú.

Na safra de candidatos mais ricos entram também Júlio Campos (DEM), que concorre desta vez a deputado federal. Ele acumula patrimônio oficial de R$ 12,8 milhões. Tem mais de 20 anos de vida pública. Exerceu mandatos de prefeito de Várzea Grande, de deputado federal, de governador e de senador. É aposentado pelo TCE como conselheiro. O pecuarista Roberto Dorner, que disputa vaga na Câmara Federal pelo PP, também possui bens orçados em R$ 12,5 milhões. O fazendeiro e ex-secretário de Desenvolvimento Rural Neldo Egon, candidato a estadual pelo PR, revela que seu patrimônio soma R$ 17,9 milhões.

O empresário sinopense Paulo Fiúza (PV), primeiro-suplente da chapa ao Senado de Pedro Taques, possui em bens R$ 7 milhões. O ex-prefeito de Nova Marilândia, José Aparecido dos Santos, o Cidinho (PR), candidato à primeira-suplência de Maggi ao Senado, tem patrimônio de R$ 6 milhões. O deputado de quinto mandato e pecuarista Wellington Fagundes (PR) acumula R$ 7,2 milhões.

Quem são os candidatos mais ricos

Otaviano Pivetta (PDT)     - R$ 415,7 milhões
Blairo Maggi (PR)              - 152,4 milhões
Mauro Mendes (PSB)       - 57,1 milhões
Neldo Egon (PR)               - R$ 17,9 milhões
Júlio Campos (DEM)        - R$ 12,8 milhões
Roberto Dorner (PP)        - 12,5 milhões
Wellington Fagundes (PR) - R$ 7,2 milhões
Paulo Fiúza (PV)                - R$ 7 milhões
José Aparecido, o Cidinho - R$ 6 milhões
Rogério Salles (PSDB)   - R$ 4,9 milhões
Carlos Bezerra (PMDB)   - R$ 3 milhões
Homero Pereira (PR)      - R$ 3 milhões
Altevir Magalhães (PMDB) - R$ 3 milhões
Sérgio Ricardo (PR)         - 2,1 milhões
Zeca D´Ávila (DEM)          - R$ 1,8 milhões