A rocha de cerca de 120 km de extensão na sua dimensão mais longa é o maior asteroide já investigado por um satélite.
Imagens enviadas pela sonda mostram que o Lutetia parece ter um formato bastante irregular e sua superfície é marcada por um grande número de crateras, abertas por impactos com outros corpos, além de algumas reentrâncias que intrigaram os cientistas.
O encontro espacial aconteceu a cerca de 454 milhões de quilômetros da Terra, além da órbita de Marte.
Origens
A expectativa dos cientistas é de que os dados gerados pela nave ajudem a identificar as origens do asteroide.
"As imagens são majestosas, me deixaram sem fôlego", afirmou o professor David Southwood, da Agência Espacial Europeia (ESA, na sigla em inglês).
Até hoje, telescópios baseados na Terra encontraram muitas dificuldades ao tentar classificar o asteroide. Algumas observações indicavam se tratar de um corpo muito primitivo, com poucas mudanças desde sua formação.
No entanto, outras medições parecem revelar a existência de metais na superfície, o que significaria que a pedra já estaria em um estágio mais avançado de evolução.
Colisão
Outra hipótese é que Lutetia seja um fragmento de um asteroide muito maior que teria se despedaçado em uma colisão.
Os cientistas esperam que as informações coletadas por Rosetta ajudem a responder estas perguntas.
Quase todos os instrumentos na sonda ficaram ligados durante várias horas no período em que o asteroide passou mais perto, às 12h44m deste sábado.
Espectômetros, experimentos sobre campo magnético e plasma, além de rádio, entre outros, reuniram a maior quantidade possível de informações sobre o corpo, que passou a uma velocidade relativa de 15 km/s e à distância mínima de 3.162 km.
Nos próximos dias, os especialistas devem se debruçar sobre esses dados, antes de anunciar qualquer conclusão sobre o asteroide.
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