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Meio Ambiente
Quinta - 08 de Julho de 2010 às 09:26
Por: Amanda Alves

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Chico Ferreira
Fogo atinge 60% da área e não é contido
Fogo atinge 60% da área e não é contido

Um incêndio no Morro de Santo Antônio, localizado próximo à rodovia Palmiro Paes de Barros, e se alastra ao entorno. Segundo o secretário geral da Associação de Moradores da região, José Maurício Pereira, a situação durante à noite foi de alerta, pois o fogo já atinge 60% da área de 258 hectares. Hoje, a equipe de soldados do Corpo de Bombeiros, técnicos do Secretaria de Meio Ambiente do Mato Grosso (Sema) e da Defesa Civil do Estado devem reiniciar os trabalhos para tentar conter as chamas.

"Convocamos os bombeiros às 10h e apareceram às 14h30", reclama José, proprietário de uma das 40 chácaras da região.

Sete propriedades foram atingidas ontem e tiveram pastos e cercas destruídas pelas labaredas, que chegam a 3 metros de altura. Nas residências, o fogo não chegou pelo trabalho de cerca de 20 pessoas, a maioria delas, moradores. "Como não temos abafadores, usamos folhas molhadas para conter as chamas."

O major Martins do Comando Geral do Corpo de Bombeiros confirma que mais de 20 ligações chegaram ao Centro Integrado de Operação da Segurança (Ciops), mas houve dificuldade para atender o chamado, pois outras queimadas eram registradas na cidade. Por dificuldade de acesso, a equipe contou apenas com equipamentos de abafação. "Vai depender da velocidade do vento e do sentido", diz o major.

O presidente da Associação de Moradores está apreensivo e lembra que há 2 anos houve uma queimada com este potencial no local, chegando a se alastrar até o Rio Cuiabá. A Sema informou ontem que não reconhece ainda as causas do incêndio, que compromete propriedades e animais silvestres. O Monumento Natural Estadual Morro de Santo Antônio é uma unidade de conservação pertencente ao Grupo de Proteção Integral, cujo objetivo básico é a preservação de sítios naturais raros, singulares ou de grande beleza cênica.

O analista ambiental do Parque Nacional da Chapada dos Guimarães, Paulo Faria, diz que o fato de no ano passado terem ocorridos poucos focos de incêndio em Mato Grosso, a tendência é que tenha um aumento este ano. Ele compara o ecossistema como uma churrasqueira sem uso por um longo tempo. Quanto mais carvão ou material combustível como folhas e galhos secos ela tiver armazenada, mais ela demorará para que o incêndio seja controlado quando o fogo iniciar.





Fonte: A Gazeta

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