O ex-deputado e ex-ministro do governo Lula, José Dirceu, afirmou, em entrevista à jornalista Marília Gabriela, que a acusação sofrida de participar e coordenar o Mensalão foi uma acusação de natureza "política". "Da noite pro dia, virei bandido", disse, acrescentando que tem uma "biografia política" e que nunca tinha sido, até então, "acusado de nada". "Até agora, não está provado que tive qualquer participação", completou.
"Aquilo foi uma infâmia", disse Dirceu, que também pôs em xeque a própria existência do suposto esquema de compra de votos, argumentando que o PT já então possuía aliados suficientes para a votação de projetos. Dizendo que "não há como me condenar com base nos autos", Dirceu mostra confiança quando ao desfecho final do caso: "eu vou ser absolvido pelo STF (Supremo Tribunal Federal)".
Após o estouro do caso, Dirceu abandonou o cargo de Chefe da Casa Civil do governo do PT e retornou ao cargo de deputado federal, quando acabou sendo cassado e teve os direitos de eleição cortados até 2015. Questionado sobre por que seus colegas deputados teriam votado contra ele, Dirceu disse que "a cassação foi uma questão política", o intuito de preservar a instituição política.
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