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Copa do Mundo 2010
Sexta - 02 de Julho de 2010 às 00:16

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Editoria de Arte / GLOBOESPORTE.COM
Robinho x Robben: duelo de atacantes habilidosos
Robinho x Robben: duelo de atacantes habilidosos

Nomes e estilos parecidos, mesmo número de camisa (11) e por muito pouco quase o mesmo dia de nascimento. Quando Robinho veio ao mundo, em 25 de janeiro de 1984, Robben tinha apenas dois dias de vida. O brasileiro é natural de São Vicente, no litoral de São Paulo, enquanto o holandês é de Bedum, cidade do norte do país, próxima à fronteira com a Alemanha. Os dois têm em comum o dom do drible. Qualidade que será colocada à prova nesta sexta-feira, às 11h (de Brasília), no duelo entre Brasil e Holanda, em Porto Elizabeth, pelas quartas de final da Copa do Mundo.

- É só pegar os últimos jogos do Robben pelo Bayern de Munique, na Liga dos Campeões: ele foi decisivo – alertou o técnico Dunga, da seleção brasileira.

 

Robinho, porém, também é decisivo. E Dunga sabe disso. Não à toa o atacante é quem mais jogou sob o comando do treinador, desde agosto de 2006. Aliás, depois do empate por 0 a 0 com Portugal, na última rodada da fase de grupos, o técnico do Brasil lamentou não ter o Rei das Pedaladas, poupado com desconforto muscular. Até porque o time luso armou uma retranca para a equipe brasileira.

- O que mais acrescentaria para o Brasil seria o Robinho, porque ele tem capacidade de driblar em espaço reduzido – falou Dunga à época.

Assim como Robinho, Robben, que foi campeão espanhol com o brasileiro em 2008, no Real Madrid, é uma das principais esperanças da Holanda nesta Copa do Mundo. Só que por ter chegado ao Mundial com uma lesão na coxa esquerda, o atacante do Bayern de Munique estreou apenas na última rodada da fase de grupos, na vitória por 2 a 1 sobre Camarões. Jogou por quase 20 minutos, mas esse tempo foi o suficiente para ele ser decisivo e participar do gol da vitória. Já nas oitavas, contra a Eslováquia, ele abriu o placar no triunfo por 2 a 1.

- A Holanda não é só o Robben, tem também outros jogadores importantes. Quando jogamos contra o Drogba (da Costa do Marfim) e contra o Cristiano Ronaldo (de Portugal), nós não fizemos marcação especial – falou Juan, um dos principais líderes do sistema defensivo da seleção brasileira.

Robinho, por sua vez, teve mais oportunidades de estar em campo nesta Copa do Mundo. Dos quatro jogos do Brasil até aqui, ele esteve em três. E foi decisivo em todos. Contra a Coreia do Norte, na estreia, ele deu o passe para o gol de Elano, no triunfo por 2 a 1. Depois, diante da Costa do Marfim, ele participou da jogada do primeiro gol, marcado por Luis Fabiano, após passe de Kaká. No jogo contra o Chile, ele repetiu isso e iniciou a jogada que terminou com gol do camisa 9 após passe da estrela Kaká e ainda deixou a sua marca na vitória por 3 a 0.

As semelhanças entre Robinho e Robben, no entanto, não estão apenas nas características e no poder de decisão. Estão também nos números. É claro que o jogador brasileiro teve mais participações e por isso as estatísticas são melhores, mas proporcionalmente, levando em conta os minutos e os quilômetros percorridos em campo, o desempenho de ambos é parecido.

Para o técnico holandês, Van Marwijk, o Brasil é o favorito ao título do Mundial. Mas ele não se arriscaria em uma troca de Robben e Sneijder por Robinho e Kaká.

- O Brasil tem grandes jogadores, mas eu não trocaria - respondeu Van Marwijk.






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