Em evento nesta terça-feira que reuniu, em Brasília, os primeiros formandos em medicina beneficiados pelo ProUni (Programa Universidade para Todos), o presidente Luiz Inácio Lula da Silva acusou os governos anteriores de "descaso" com a educação do país.
"Houve descaso [com a educação] porque este país foi governado por muita gente com diploma universitário, por muita gente que era advogado, professor, médico, empresário, fazendeiro. Portanto, eles sabiam do valor da educação porque tinham recebido educação. Mas me parece que não tinham nenhuma vontade de dar ao povo brasileiro a oportunidade que eles tinham tido de se formar [em um curso universitário]", disse Lula.
O presidente voltou a dizer que nos oito anos de seu governo, que termina no final deste ano, vai ter construído mais universidades e escolas técnicas do que todos os antecessores juntos. E afirmou que o ProUni, ao dar acesso à universidade a jovens de baixa renda, quebra um círculo vicioso que os impedia de terem carreiras de ponta.
Lula disse que o Prouni foi vítima de preconceito. Segundo ele, os críticos diziam que a qualidade dos profissionais formados pelas universidades particulares cairia, já que o programa levou a uma presença maior de alunos pobres nestas instituições.
O presidente disse que "inveja e preconceito são doenças crônicas" e, brincando, sugeriu ao ministro da Saúde, José Gomes Temporão, que estava presente ao evento, que fosse criada uma nova especialidade médica para tratá-las.
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