Maradona desafia Fifa e insiste em ficar em "estádio da sorte"

A seleção não disputou nenhum jogo nesse estádio e nem o fará futuramente, já que as portas do local se fecharão na próxima terça-feira, depois da partida entre Paraguai e Japão.

No entanto, desde que chegou, a equipe argentina está concentrada na Universidade de Pretória, e Maradona considera a sala de imprensa do estádio um talismã.

Quando o técnico foi informado sobre o fechamento do estádio, pareceu desafiar a Fifa. "Talvez o campo sim, mas a sala de imprensa ficará aberta", disse então.

O desafio já ocorria numa escala menor desde a primeira fase, quando Maradona se negou a realizar as entrevista coletivas nos estádios que abrigaram os três jogos anteriores. Além disso, a equipe tem o hábito de não fazer o tradicional reconhecimento do gramado, preferindo sempre treinar na concentração.

Por isso, Maradona conduz as coletivas de imprensa na sala de conferências do Loftus Versfeld, uma arena pequeno e que dificulta muito o trabalho dos jornalistas, mas que o ex-jogador adotou como local da sorte.

A Fifa só decidirá se aplica as regras ou se cede a outro capricho de Maradona caso a Argentina continue na competição.

Até agora, a equipe sul-americana não precisou usar o avião para chegar aos locais de jogo. Pretória fica a pouco mais de uma hora de Johannesburgo, palco de suas duas primeiras partidas, contra a Nigéria e a Coreia do Sul no Ellis Park, e a menos de três horas de Polokwane, onde enfrentou a Grécia.

A partida das oitavas de final diante do México também será em Johannesburgo. Por isso Maradona, fiel a seus hábitos, também deu a entrevista coletiva no Loftus Versfeld.

Numa provável quartas, prorém, a Argentina terá de jogar na Cidade do Cabo, a mais de duas horas de avião de Pretória.