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Quarta - 23 de Junho de 2010 às 18:59
Por: Letícia Casado

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Daia Oliver - 30.05.2010/R7
Alunos fazem curso técnico no Senai; país terá falta de mão de obra.
Alunos fazem curso técnico no Senai; país terá falta de mão de obra.
Vai faltar mão de obra no Brasil em 20 anos, tanto especializada quanto de baixa qualificação. A única solução para evitar um colapso na economia é melhorar o ensino infantil a partir de 2011, afirma o Ceal (Conselho Empresarial da América Latina) em evento na zona sul de São Paulo, na manhã desta quarta-feira (23). Formado por executivos, o Conselho elabora propostas para apresentar uma agenda de educação aos candidatos à Presidência da Republica.

Alberto Pfeifer, coordenador geral executivo do Ceal, afirma que a taxa de natalidade brasileira está caindo e, em duas décadas, o número de adultos com mais de 60 anos será maior do que pode suportar o orçamento da Previdência Social. 

Com mais pessoas recebendo aposentadoria e menos trabalhadores chegando ao mercado, explica ele, o país terá que investir em crianças e idosos ao mesmo tempo, e “ as contas não vão aguentar”. Pfeifer afirma que investir na educação desde agora vai permitir que as próximas gerações estejam qualificadas e preparadas para desenvolver trabalhos com maior retorno econômico.

- Já temos um gargalo de mão de obra qualificada no pais. Faltam engenheiros, por exemplo. Mas em 20 anos vão faltar também médicos e faxineiras, por exemplo, porque haverá menos jovens entrando no mercado de trabalho. 

Dados apresentados pelo Ceal com base no IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) mostram que nos anos 70, cada mulher tinha, em média, 6,4 filhos. Hoje, o número caiu para 1,7 filho por mulher. Segundo o executivo, nas classes sociais nais ricas, a proporção já é de menos de um filho para cada mulher. Ou seja, nem todas engravidam e as que o fazem não costumam ter muitas crianças.

- Isso [o gargalo] vai acontecer. É inevitável.

 Um evento do MEC (Ministério da Educação) realizado na semana passada mostrou a situação ruim do ensino infantil no país. A nota média das creches analisadas em seis capitais foi 3,3 e, das pré-escolas, 3,4, em uma escala de 0 a 10.

O Ceal está convencido de que não adianta apenas investir na abertura de escolas e universidades, pois a formação intelectual do ser humano ocorre nos primeiros anos de vida. Por isso, é preciso não só melhorar as condições de creches e pré-escolas, mas também encontrar uma maneira de envolver as empresas, a sociedade e o governo na criação dessa crianças.

Pfeifer ressalta que é fundamental aumentar a produtividade e a formação dos profissionais brasileiros.

- Se todo brasileiro que nascer hoje tiver uma boa formação infantil e, por consequência, [tiver] o acesso à universidade, em 20 anos você resolve o problema da educação no mercado de trabalho no país.

O presidente do instituto Zero a Seis, João Augusto Figueiró, concorda com Pfeifer e diz que até os  três anos de idade são formadas mais de 90% das conexões cerebrais, “graças a interação do bebê com os estímulos do ambiente”.





Fonte: do R7

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