O conhecimento desse genoma deve ajudar no desenvolvimento de melhores métodos para exterminar o parasita, segundo os líderes da pesquisa Ewen Kirkness, do Instituto J. Craig Venter, em Rockville, e Barry Pittendrigh, da Universidade de Illinois, em Urbana-Champaign.
O piolho vale-se para sua digestão de uma bactéria que não é resistente a antibióticos. Então, se uma droga capaz de matar a bactéria for encontrada, o piolho também acabará sendo morto. Conhecer mais sobre os piolhos também deve ajudar no desenvolvimento de novos repelentes.
O interesse no inseto é não apenas curiosidade, mas uma questão de saúde pública, já que esses piolhos podem transmitir tifo, febre recorrente e febre das trincheiras.
O genoma do piolho do corpo é pequeno e contém relativamente poucos genes relacionados à recepção de luz ou a reação a odores e gostos, informa o estudo.
Segundo os pesquisadores, o piolho do corpo humano parece ter evoluído do piolho da cabeça na mesma época em que as pessoas começaram a usar roupas, oferecendo ao inseto outro lugar para se esconder.
Além disso, notaram os cientistas, o piolho humano e o piolho de chimpanzé evoluíram de um ancestral comum entre 5 milhões e 7 milhões de anos atrás.
"Além da sua importância no contexto da saúde humana, o genoma do piolho corporal é de considerável importância para a compreensão da evolução de insetos", diz May Berenbaum, chefe do departamento de entomologia da Universidade de Illinois.
O sequenciamento do genoma envolveu pesquisadores de 28 instituições dos EUA, Europa, Austrália e Coreia do Sul.
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