Acabou a temporada de reajustes salariais de servidores públicos que não estejam previstos no Orçamento 2010. O aviso foi dado pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva, diante das várias propostas que tramitam no Congresso Nacional, inclusive de servidores parlamentares.
"Eu estou no meu juízo perfeito, e com minha cabeça muito boa, para não permitir nenhuma sandice nesse país", disse Lula, acrescendo que não é por estarem em disputando em um período eleitoral "que as pessoas devem perder o senso de responsabilidade".
Lula comentou ainda que o país está em ritmo de crescimento sustentado, e que não está preocupado com a possibilidade de faltar oferta para a demanda exigida.
"Acho que o Brasil ainda tem espaço para crescer. Minha tese é muito singela. Eu não quero é que o Brasil fique crescendo com efeito sanfona. Um ano cresça 10, no outro caia para dois. Se a gente crescer 5% ou 6% durante vários anos, de forma sustentável, esse país vai estará sendo vítima de uma revolução produtiva extraordinária, que vai gerar mais empregos e mais massa salarial para jornalistas, e tudo vai melhorar para nós", declarou Lula.
Ao término da reunião do Conselhão, Lula justificou por que sancionou o reajuste de 7,7% para aposentados que ganham acima do salário mínimo, e que vai custar R$ 1,6 bilhão adicionais à Previdência Social.
"A única exigência era que os ministros da Fazenda e do Planejamento concordassem em cortar do Orçamento. Eles concordaram em cortar. Todo dia tem novas pressões para aumento salarial. Nós estamos dando reajustes acordados em 2008. Agora, novas discussões de aumento, as pessoas terão que esperar o novo governo", disse Lula.
Ele comentou ainda que, na reunião do G-20, em Toronto, Canadá, vai defender o aumento da participação dos emergentes no Fundo Monetário Internacional (FMI). Outro ponto importante, segundo ele, é "bloquear a existência de paraísos fiscais no mundo".
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