Lúcia Vânia diz que governo Dilma dá sinais de exaustão
A senadora Lúcia Vânia (PSDB-GO) criticou, nesta sexta-feira (9), em Plenário, a dificuldade do governo para resolver problemas econômicos e sociais do país. Para a senadora, o governo da presidente Dilma Rousseff tem se mostrado indeciso ao enfrentar os desafios e já evidencia sinais de exaustão.
- A sociedade brasileira tem a impressão de que está diante de um governo que acabou antes do final – afirmou a senadora.
Lúcia Vânia afirmou, com base em dados da Confederação Nacional da Indústria (CNI), que a confiança dos empresários industriais é a mais baixa desde a crise de 2009. Além disso, a senadora disse que, de acordo com a Confederação Nacional do Comércio (CNC), em julho houve queda de 2,2% na confiança do empresariado no país. Para ela, o governo tem reforçado essas incertezas.
- O governo apresenta suas soluções num dia e no outro volta atrás. Não tem certeza de nada e atua sempre ao sabor do vento – afirmou.
A senadora trouxe o exemplo da MP dos Médicos (MP 621/2013), em que foram estabelecidos mais dois anos de trabalho no Sistema Único de Saúde (SUS) na formação dos médicos, decisão posteriormente retirada da medida. Outro exemplo dado por Lúcia Vânia foi o compromisso do governo com o superávit.
- Primeiro o governo anuncia compromisso com o superávit de 2,3% do PIB. Depois circula a notícia de que o governo recebia dividendos do BNDES para poder cumprir essa meta. Isso compromete a credibilidade de qualquer governo - disse.
Lúcia Vânia também criticou a paralisação das obras de infraestrutura. Ela citou o exemplo da ferrovia de integração Oeste-Leste na Bahia, que deveria ter sido entregue no final de julho e, agora, tem previsão só para 2014.
Lúcia Vânia disse esperar que o Executivo encontre seu caminho, recuperando os indicadores econômicos, concluindo as obras de infraestrutura e avançando na erradicação da pobreza.
- Precisamos de um governo decidido, que saiba a que veio, que contribua com o país. Senão voltaremos a ver o povo na rua, num espetáculo democrático, sem dúvida, mas, exatamente num momento em que poderíamos estar num clima de grande otimismo por causa da visibilidade que nos trarão os próximos grandes eventos em 2014 e em 2016. – concluiu.
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