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Copa do Mundo 2010
Terça - 15 de Junho de 2010 às 18:32

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O técnico Dunga mostrou que não ficou totalmente feliz com a vitória por 2 a 1 sobre a Coreia do Norte.

"Acho que estreia é uma das coisas mais difíceis que tem, por causa da ansiedade, do longo período de treinamento, etc. Não só eu, como todos os jogadores não ficaram completamente satisfeitos. A gente quer fazer gol e não tomar nenhum. Se perguntar para o Julio César, ele não está feliz. O importante foi o resultado, mas é claro que a gente quer sempre mais", afirmou ele, em entrevista coletiva após o jogo, nesta terça-feira, em Johannesburgo.

Segundo o treinador brasileiro, o maior problema do time foi a velocidade na troca de passes, situação que só melhorou no segundo tempo, após as entradas de Daniel Alves, Ramires e Nilmar. Apesar disso, afirmou que a saída do meia Kaká já estava prevista pela comissão -- "faz mais de cinco meses que ele não atua os 90 minutos".

Dunga admitiu que o Brasil não empolgou. "Acho que todas as equipes que vieram aqui têm que jogar com eficiência. Para você ganhar, tem que ser assim, senão não chegará a lugar nenhum".

A coletiva transcorria até tranquila, quando um repórter perguntou sobre a versatilidade do atacante Robinho. Foi a deixa para Dunga ser Dunga: "O Robinho tem essa qualidade, sabe jogar em diversas posições. O engraçado é que até um ano atrás ninguém queria ele, né, quando estava no Manchester City (ING)...", disse, dando um sorriso irônico em seguida. E completou: "O maior defeito meu é que tenho memória de elefante".

Méritos

Dunga negou que o jogo do Brasil se "encaixa melhor" contra rivais menores. Porém, quando foi argumentar, praticamente ratificou esta impressão: "Quando o adversário também é ofensivo, você encontra mais espaços. No contrário, você precisa insistir, ter persistência, e nem sempre isso é facil, acaba errando passes... Não é facil jogar contra uma equipe que se fecha tão bem. A movimentação da Coreia era quase perfeita. Mesmo assim, conseguimos criar boas chances no segundo tempo".

O treinador rebateu a crítica endereçada ao goleiro asiático no lance do primeiro gol, em lance de linha de fundo, declarando que "Maicon já fez uns três desta forma". "Ali não é tanto erro dele, mas capacidade nossa. Geralmente, o goleiro nunca fica na linha do gol, parado. Ele sempre dá um passe para a frente e o Maicon aproveitou".

Por fim, minimizou a baixa temperatura da hora da partida, perto do zero grau centígrado -- "afeta, mas é isso que vamos encontrar nesse período" --, elogiou individualmente Robinho, Maicon e Juan e desmentiu a possibilidade de escalar Daniel Alves no lugar de Elano no meio-campo. "Ele é uma opção tática, assim como Ramires e o próprio Nilmar. A gente tem várias opções. Depende de como o jogo estiver rolando. Nesse caso, queria aproveitar o chute do Daniel, que não teve muitas oportunidades. Mas o Elano continua", falou.






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