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Segunda - 14 de Junho de 2010 às 14:19
Por: Mayara Michels

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Ademar de Moraes Bertolino, professor de biologia e policial civil, foi acusado por um de seus alunos de assédio dentro de sala de aula, em Porto Alegre do Note (1.125 km de Cuiabá). Por meio de uma portaria, a Secretaria de Estado e Educação instaurou um processo administrativo disciplinar para investigar as acusações feitas pelo aluno. O processo nº. 259580/2010 foi publicado no Diário Oficial.

De acordo com o estudante D.P.F., de 12 anos, da Escola Estadual Tapirapé, o professor o convidava sempre para ir até a sua residência para assistirem filmes pornográficos. Segundo o menor, os convites eram feitos durante horário de aula e em voz baixa, no seu ouvido.

D.P.F, disse a coordenação do colégio que o professor também dizia que iria medir o tamanho do seu pênis para ver se estava no tamanho certo de crescimento. E pedia para ele avisar aos pais que iria dormir na casa de colegas e que não contasse a verdade.

O estudante, relatou ainda que, um amigo de sala, identificado como V.H., de 13 anos, também era assediado junto com ele pelo professor. Porém, o amigo ficou traumatizado que acabou saindo da escola sem se quer dar explicações na diretoria. Segundo vizinhos, a família mudou da cidade.

De acordo com as informações da coordenação da escola, uma ordem de demissão foi feita pelo telefone, pela Secretaria de Educação do município. O diretor da escola chamou o professor contratado e o demitiu verbalmente sem justa causa.

Segundo a escola, o professor não queria aceitar a demissão, pelo fato de não haver um ofício comprovando a decisão e o motivo. Mas ele aceitou a demissão acreditando que seria em função de sua sua carga horária, pelo fato de trabalhar por 12 horas na escola e ainda conciliar com as funções da Polícia Civil.

Apesar das acusações do aluno, o professor não teria efetivado o abuso sexual. Até o momento, a acusação também não foi comprovada nas investigações. Porém, o caso continua sendo investigado pela Promotoria de Justiça de Cuiabá e pelas secretarias de Educação do Estado e do Município.

Outro lado

A reportagem entrou em contato com o professor Bertolino, que disse que seu advogado está tomando as medidas cabíveis para esclarecer o caso e que, até agora, não sabe o porquê ter sido demitido pela Seduc.

"Eu acredito que toda essa história tenha sido uma armação da assessora pedagógica da Secretária de Educação do município. Ela vive arrumando encrenca com policiais e, neste ano, já arrumou uma comigo. Parece que o estudante é parente dela, então eles devem ter inventado toda essa história para me demitir. Pois fui demitido sem explicação e sem justa causa devido nada ainda ter sido comprovado", afirmou o professor.

A assessora pedagógica citada, Valdenir Vieira Lima, não quis falar sobre o caso.






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