Mendes pode explodir de votos ou cair de vez, diz prefeito de Nova Mutum

O prefeito de Nova Mutum (a 230 km ao Médio-Norte da Capital), Lírio Lautenschlager, do PMDB de Silval Barbosa, avalia que se o empresário Mauro Mendes (PSB) levar em frente o sonho de se lançar candidato ao Paiaguas terá dois resultados: ou “explodir” como uma grande liderança ou “cair” de vez, assim. Entende que não terá meio termo para a carreira política do empresário que ganhou visibilidade durante o pleito de 2008, quando disputou, sem êxito, a Prefeitura de Cuiabá e chegou ao segundo turno contra o tucano Wilson Santos. Lírio frisa que Mendes cresceu muito graças ao apoio do ex-governador Blairo Maggi (PR), mas, a partir do instante em que deixou o grupo, ficou isolado e tenta ganhar forçar como espécie de terceira via.

“Essa é a informação e imagem que chega para a gente no interior”, ressalta o peemedebista, numa referência ao racha interno do PSB. O presidente da sigla deputado federal Valtenir Pereira “bate duro” nos bastidores para compor com o governador Silval, que busca a reeleição, enquanto Mendes sustenta a tese de projeto próprio. A aliança (PPSB, PPS, PV e PDT) em torno do nome de Mendes também está se esfacelando. Uns filiados do PPS defendem o nome de Wilson Santos, enquanto outros querem concretizar a coligação Mato Grosso Muito Mais, com o empresário de cabeça-de-chapa. A mesma instabilidade é sentida no PDT, mas, nesse caso, estão divididos entre o empresário e o nome de Silval. Uma definição sobre a situação deve ocorrer apenas no final do mês, com as convenções. “Acredito que a disputa será acirrada e que no segundo turno estarão Wilson e Silval”, avalia Lírio.

Para o prefeito de Nova Mutum, Silval leva vantagem devido ao fato de ter um grupo de apoio consolidado. Ele enfatiza que desde que o peemedebista era vice-governador tinha uma preocupação com os municípios do interior e que isso vai favorecê-lo na disputa pelo Paiaguás. “Ele (Silval) está preparado e sabe governar”, enfatiza Lírio. Por outro lado, admite que "Wilson Santos é um forte candidato, mas que está desgastado". “Acho que ele (Wilson) pecou um pouco na questão do grupo que o cerca e isso vai prejudicá-lo”, analisa.