Fillion afirmou que cerca de metade do valor virá de cortes nos gastos públicos e do equilíbrio gerado com redução na quantidade de isenções fiscais e aumento na arrecadação tributária incentivada por crescimento econômico.
"Nós prometemos reduzir o deficit de 8% para 3% até 2013 e todos nossos esforços se voltarão a essa prioridade", disse Fillion em reunião de membros do partido UMP, em Paris.
O presidente francês, Nicolas Sarkozy, visitará Berlim na segunda-feira para discutir a política econômica europeia.
A França espera ancorar seu comprometimento com uma política fiscal mais conservadora após Berlim anunciar planos para economizar um total de 80 bilhões de euros (R$ 175 bilhões) até 2014 no começo do mês.
Em maio, a França afirmou que iria congelar os gastos públicos nos próximos três anos, além de cortar custos operacionais do Estado em 10% e economizar outros 5 bilhões de euros (R$ 10,9 bilhões) com a eliminação de algumas isenções de impostos.
O pacto de estabilidade da França com Bruxelas requer um deficit orçamentário de 6% do PIB em 2011, 4,6% em 2012 e 3% em 2013, com base em uma taxa anual de crescimento econômico de 2,5% a partir de 2011.
"Nossa diferença frente à Alemanha, em termos de reformas estruturais, dívida e redução de deficit está diminuindo", disse o chefe do órgão regulador dos mercados da França, AMF, Jean-Pierre Jouyet, ao jornal "Le Monde", em entrevista publicada neste sábado.
Jouyet também ofereceu cortar seu próprio salário. Ele disse ao Le Monde que não é contra ver seu salário anual de 300 mil euros (R$ 656 mil) reduzido em 20 ou 30%.
"Isso parece justificado para mim", disse Jouyet. "Trabalhadores do setor público devem estar preparados para participar em um empenho conjunto."
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