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Copa do Mundo 2010
Sábado - 12 de Junho de 2010 às 10:41
Por: da Efe

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Todos os exames antidoping feitos por sorteio com oito jogadores de cada uma das 32 seleções participantes da Copa do Mundo da África do Sul deram resultado negativo, informou hoje a Fifa. O total de exames feitos foi de 256.

Dezoito equipes receberam a visita dos responsáveis pelos exames antes de chegar à África do Sul. Jogadores de outras 14 passaram pelos testes já em território sul-africano.

No total, antes e durante o Mundial, a Fifa fará 512 exames de sangue e urina. Nas partidas, dois jogadores por equipe são escolhidos por sorteio.

Para o presidente da comissão médica da Fifa, Michel D"Hooghe, a ausência de casos de doping positivo em Copas --o último foi no Mundial de 1994, com Diego Maradona-- se deve ao fato de "não haver uma cultura de doping" no futebol e do medo de ser pego.

"Fazemos 40 mil exames ao ano. Os jogadores sabem que podem ser controlados, mas também se trata de um esporte coletivo, estão sob os cuidados de profissionais. Por último, não há cultura do doping porque é um esporte não só físico, há técnica e estratégia", argumentou.

"Não podemos dizer que não há doping no futebol, mas sim que não há cultura do doping", disse D"Hooghe.

O presidente da Agência Mundial Antidoping (AMA), o australiano John Fahey, defendeu que a quantidade de exames antidoping tem um efeito dissuasório e ressaltou o "espírito de colaboração entre a Fifa e a AMA".

D"Hooghe observou que a luta contra o doping é muito cara - cada um dos 40 mil exames custa US$ 1 mil à Fifa - e que, no futuro, "talvez seja necessário olhar pela qualidade em vez da quantidade".

A Fifa revelou que são registrados entre 70 e 90 casos positivos de doping ao ano no mundo todo, a maioria por consumo de maconha e cocaína, o que representa 0,17 % das amostras analisadas. A percentagem de exames positivos para esteroides é de 0,01% ao ano.

"Os últimos casos de jogadores de nível mundial foram dois mexicanos na Copa das Confederações da Alemanha, em 2005", lembrou D"Hooghe, em alusão a Salvador Carmona e Aaron Galindo.

O presidente da comissão médica da Fifa aproveitou para denunciar o abuso crescente por parte dos jogadores de "anti-inflamatórios que não têm nenhum efeito no rendimento, mas possuem consequências no sistema digestivo e renal, o que exigirá a tomada de medidas em um futuro próximo".






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