"Torço para que Messi tenha o mesmo impacto que eu tive em 1986. Mas isso depende também da equipe", disse Maradona nesta sexta-feira.
Durante a semana, as emissoras de televisão da Argentina repetiram as imagens de Maradona abraçado com Messi enquanto o orientava a marcar pênaltis durante os treinos.
Críticos argentinos, no entanto, observaram que, durante a etapa das eliminatórias, Messi não demonstrou na seleção o mesmo sucesso com que joga no Barcelona, onde recebeu o título de melhor jogador do mundo em 2009.
Alguns comentaristas inclusive chegaram a especular que Messi se sentia "inseguro" ou "pouco à vontade" sob o comando de Maradona.
Pressão
O experiente meia Juan Sebastián Verón, que também está na seleção, afirmou que toda essa expectativa em relação a Messi está "errada" porque, em sua opinião, coloca "muita pressão" contra o craque.
Na mesma linha, o ex-jogador argentino Mario Kempes, da seleção campeã de 1978, observou: "Não se pode pensar que o time é Messi e mais dez jogadores. É muita pressão".
Nas ruas de Buenos Aires, alguns edifícios exibem a bandeira azul e branca do país e o governo da cidade preparou telões para a transmissão dos jogos em duas praças públicas.
Mesmo assim, ainda não se percebe euforia entre os torcedores argentinos.
O jornaleiro Daniel Irribarre, de 28 anos, disse que está "orgulhoso" do time e de ver Maradona como técnico, mas afirma preferir segurar o entusiasmo por enquanto.
"Nós temos Messi, Tevez, Verón. E ainda por cima Maradona como técnico. Mas sabemos que a Copa é sorte e a classificação foi tão difícil que é melhor não comemorar nada antes".
Além do jogo entre Argentina e Nigéria, completa a rodada do grupo B neste sábado a partida entre Coreia do Sul e Grécia.
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