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Economia
Quarta - 09 de Junho de 2010 às 09:49

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Nilton Cardin/AE
Preço do tomate, um dos vilões do aumento da inflação nos meses anteriores, caiu 23,78% em maio
Preço do tomate, um dos vilões do aumento da inflação nos meses anteriores, caiu 23,78% em maio
Os preços dos alimentos ficaram mais baratos em maio e ajudaram a reduzir o aumento da inflação oficial, medida pelo IPCA (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo). O índice, divulgado nesta quarta-feira (9) pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), acelerou 0,43% no mês passado, frente ao avanço de 0,57% em abril.

 

O índice é usado como referência pelo Banco Central para o cumprimento das metas do governo, de 4,5% no ano, com variação de dois pontos percentuais para mais ou para menos. Nos últimos 12 meses, o indicador soma 5,22%, mais do que o governo espera, mas menos do que o acumulado entre junho de 2008 e maio de 2009 (5,26%).

No mês passado, os alimentos tiveram aumento de preços de 0,28% – o menor resultado do grupo alimentação e bebidas no ano, cujo pico foi em março (1,55%). Em abril, esse grupo teve aumento de 1,45%.

As condições climáticas desfavoráveis são o principal motivo para as altas: os preços já acumulam variação de 5,48% de janeiro a maio, acima de todo o ano de 2009, que fechou com 3,18%.

Os maiores avanços nos preços ocorreram na cebola (14,68%), no feijão carioca (12,96%) e mulatinho (8,28%), na batata inglesa (8,06%), no feijão preto (8,01%) e na farinha de mandioca (3,14%). Do outro lado, ficaram mais baratos produtos como o tomate (-23,78%), que foi um dos vilões do aumento nos meses anteriores, o açúcar cristal (-7,66%), o pescado (-5,26%) e a cenoura (-4,90%). Frutas e hortaliças, café e pão também tiveram quedas.

O IBGE aponta que o IPCA, no ano, acumula aumento de 3,09% nestes primeiros cinco meses, bem acima da taxa de 2,20% relativa a igual período de 2009.

 

Carro, roupa e remédio mais caros

Entre os nove grupos de despesas pesquisados, quatro tiveram leves aumentos de preços. É o caso de habitação, cujos preços foram de 0,08% em abril para 0,78% em maio; artigos de residência (-0,04 para 0,59%); transporte (-0,08 para 0,09) e despesas pessoais (0,66% para 0,75%).

Além de alimentação e bebidas, ficaram menos caros os produtos de vestuário (1,28% para 0,91%), saúde e cuidados pessoais (0,84% para 0,74%) e educação (0,11% para 0,04%). O grupo comunicação quase não teve mudança de preços, indo de -0,03% para -0,01%.

Subiram, no mês passado, os salários dos empregados domésticos (1,12%), os preços dos automóveis novos (0,76%), os artigos de vestuário (0,91%) e os remédios (1,16%).

Também subiram os custos de condomínio, indo de -0,60% em abril para 1,17%, em maio; a taxa de água e esgoto, foi de 0,08% para 0,84%; o mobiliário, saiu de -0,36% para 1,35%; os artigos de higiene pessoal, passou de 0,05% para 0,82%; e aluguel residencial, de 0,57% para 74%.

A cidade onde os preços dos produtos tiveram os maiores aumentos foi em Fortaleza (0,99%), seguida de Salvador (0,80%), Rio de Janeiro (0,70%), Curitiba (0,68%), Belo Horizonte e Goiânia (0,38% cada), São Paulo (0,33%), Belém (0,21%) e Brasília (0,16%). Os índices mais baixos foram os de Recife (0,07%) e Porto Alegre (0,06%).

Entre janeiro e maio, contudo, os aumentos foram mais sentidos no Rio (4%), em Salvador (3,99%) e Belém (3,71%), enquanto Goiânia (1,53%) registra o menor valor da inflação acumulada.





Fonte: Do R7

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