"É um factoide. Não existiu dossiê, ninguém foi contratado para isso e a campanha de Dilma nunca comentou o assunto", afirmou.
O petista também saiu em defesa do ex-prefeito de Belo Horizonte Fernando Pimentel, um dos coordenadores da campanha da pré-candidata do PT ao Planalto, Dilma Rousseff.
Ele é ligado ao consultor e jornalista Luiz Lanzetta, que teria proposto a criação de um esquema de espionagem de tucanos e membros do próprio PT. "Pimentel é um excelente quadro, não cometeu erros."
Após a polêmica envolvendo Pimentel, Vaccarezza rechaçou que o presidente Lula tenha orientado a centralização da campanha nas mãos do deputado federal Antonio Palocci (SP). Mas reconheceu que os coordenadores terão espaço reduzido daqui para frente.
"É normal que agora o conselho político tenha peso maior do que a coordenação de campanha. Os coordenadores terão um papel de suporte."
Ainda sobre o dossiê, o líder do governo na Câmara comentou o pedido feito pelo deputado Gustavo Fruet (PSDB-PR) para que a comissão do Congresso que debate as ações de inteligência no governo ouça dois envolvidos no episódio.
O tucano quer convocar o delegado aposentado da Polícia Federal Onézimo de Souza e o sargento Idalberto Matias de Araújo, ex-agente do serviço secreto da Aeronáutica. "Se alguém tiver alguma denúncia, tem de procurar a polícia. A Câmara não vai discutir esse assunto", disse Vaccarezza.
Enquanto a campanha da ex-ministra vive o momento de "maior unidade", a de Serra passa por um momento de desacerto, segundo Vaccarezza. "A crise de Serra é grave. Primeiro, anunciou o Aécio [ex-governador de Minas Aécio Neves] como vice, depois o Dornelles [senador Francisco Dornelles, do PP]. Daqui até a convenção, no fim de semana, os tucanos vão enfrentar muitos problemas."
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