No ato que a FUP (Federação Única dos Petroleiros) declarou abertamente apoio à eleição de Dilma Rousseff (PT), na tarde desta sexta-feira, os tucanos foram alvos da acusação de que pretendiam vender a Petrobras.

Embora a legislação eleitoral proíba campanha eleitoral antes de 6 de julho, os diretores da federação não mediram palavras no apoio a Dilma e na crítica aos tucanos. "Não estamos dando ou emprestando palanque à companheira Dilma. A companheira conquistou na luta esse palanque", discursou Aldemir Caetano, dirigente da FUP a uma plateia de cerca de 100 sindicalistas.

No evento, que ocorreu em um hotel de Brasília, Dilma insinuou que o governo Fernando Henrique Cardoso (1995-2002) pretendia vender a Petrobras. Ela citou viagem que fez à Argentina em que teria ouvido que a estatal petrolífera vendida por lá arrecadou US$ 16 bilhões, o mesmo tanto que o Brasil receberia pela venda da sua.

Dilma também afirmou que a tentativa de trocar o nome da Petrobras para "Petrobrax", no governo anterior, seria o mesmo que trocar o nome do Brasil para "Brazil". O presidente do PT e ex-presidente da Petrobras, José Eduardo Dutra, disse que fazia parte do plano estratégico da Petrobras, no final do governo Fernando Henrique Cardoso (1995-2002), a venda de empresas que a integravam, como a Reduc (Refinaria de Duque de Caxias).