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Economia
Sexta - 04 de Junho de 2010 às 10:19

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Em maio de 2010, foram registrados 160 pedidos de falência em todo o país, conforme revela o Indicador Serasa Experian de Falências e Recuperações. Foi o menor número verificado para um mês de maio, na comparação com anos anteriores, a partir da vigência da nova Lei de Falências (junho de 2005).

O fato do quinto mês do ano ter apresentado o menor número de falências requeridas em cinco anos deve-se não apenas aos critérios nova Lei de Falências, mas, sobretudo, ao crescimento acelerado vivido pela economia brasileira neste primeiro semestre de 2010. Prova disto é que os pedidos de recuperação judicial realizados em maio deste ano (28 requerimentos) recuaram 60,0% em relação ao mesmo mês de 2009, representando o segundo menor volume para um mês de maio desde 2006, perdendo apenas para maio de 2008 (com 25 recuperações judiciais requeridas).

Dos 160 pedidos de falência observados em maio, 93 foram de micro e pequenas empresas, 43 de médias, e 24 de grandes. As micro e pequenas empresas, que têm seus negócios mais direcionados ao mercado interno, apresentaram a maior queda nos pedidos de falência, na comparação maio/10 sobre maio/09 (-43,3%). As grandes, e principalmente as médias empresas, apresentaram variações negativas menores     (-38,5% e -17,3%, respectivamente). Isto porque as empresas exportadoras –especialmente as de médio porte – ainda encontram dificuldades diante do real valorizado e de um cenário internacional de baixo crescimento, agravado com a recessão em vários países da zona do euro, em razão da crise fiscal na região.

 Na relação entre os acumulados, os requerimentos de falência também apresentam queda. De janeiro a maio de 2010 foram 790 pedidos, contra 945 nos cinco primeiros meses de 2009. Vale destacar que em tal período do ano anterior, a economia passava pelos efeitos da crise financeira global.

A perspectiva é de que os indicadores de insolvência das empresas devam continuar caindo, diante da normalização do mercado de crédito. No contraponto está o aperto monetário, que deve ser intensificado, podendo criar problemas para os negócios mais dependentes de recursos de terceiros – que estarão mais caros –, e com a atividade econômica menos aquecida. As exportadoras continuarão encontrando dificuldades dado o cenário externo.





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