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Copa do Mundo 2010
Sexta - 04 de Junho de 2010 às 08:12
Por: Antero Greco, Jamil Chade

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Essa Jabulani ainda vai criar um incidente diplomático. A bola da Copa da África do Sul, fabricada pela Adidas, tem levado muita botinada e a surra só não é maior porque dirigentes da competição e os fabricantes a defendem.

 

O técnico Dunga ontem entrou na dividida ? que tem proporção internacional ? e arrumou rusga com gente da pesada. Na entrevista coletiva, o treinador da seleção foi certeiro como cabeça de área de time de interior ao retrucar observação de Jerome Valcke. O secretário-geral da Fifa disse que tem gente que colocará na bola culpa por eventual fiasco no Mundial.

"Quem diz isso certamente nunca chutou uma bola", afirmou Dunga. "Quem joga futebol, quem lida com a bola no dia a dia, está criticando", emendou. "São jogadores acostumados com grandes campeonatos, na Europa, na América, gente que disputa Mundiais, Copa dos Campeões... Então, alguma coisa deve entender do assunto."

Dunga não alisou e ainda lançou o desafio. "Se quem diz isso (Valcke), vier aqui e dominar essa bola, então vou aceitar", avisou, sem nenhuma convicção de sucesso. "É só dominar e mostrar que sabe jogar."

Valcke não deixou por menos. À noite, o dirigente respondeu com ironia ao desafio de Dunga, em entrevista ao Estado. "Pelo jeito, então eu vou ter de jogar com ele", comentou. Ele foi claro ao não aceitar a enxurrada de reclamações.

Entre os brasileiros, o primeiro a tocar no assunto foi o goleiro Julio Cesar, na sexta-feira passada, ao dizer que parecia de supermercado ? "É horrível, horrorosa, parece com aquelas bolas que você compra em supermercado", afirmou. Sua justificativa era de que ela desviava a trajetória, sem nenhuma intervenção externa, antes de chegar ao gol. Claro que, como goleiro, se sentia mais prejudicado.

O problema é que os atacantes também criticaram a Jabulani. O goleador Luís Fabiano foi irônico. "Essa bola é sobrenatural. A trajetória que ela faz é estranha, ela sai de você, parece que não gosta que alguém chute. Parece que tem alguém guiando, porque quando você vai chutar ou cabecear, ela muda a trajetória."

O recordista, porém, em comentários esdrúxulos foi o volante Felipe Mello. "As outras bolas são iguais a mulher de malandro, estão ali para ser chutadas. A bola da Copa parece uma patricinha, que não quer ser chutada de jeito nenhum."

Valcke fez questão de lembrar que as bolas foram distribuídas no fim de 2009 para todas as seleções e estranha que as reclamações só tenham surgido agora.






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