Um estudo em cérebros de macacos produziu a melhor evidência de que grandes bebedeiras podem causar danos duradouros a cérebros de jovens. O maior problema ocorre nas células-tronco destinadas a se tornarem neurônios no hipocampo, a área do órgão responsável pela memória e a noção espacial. As informações são do New Scientist.
Segundo a pesquisa, os cérebros de macacos se desenvolvem da mesma maneira que os de humanos, o que indica que os mesmos resultados seriam encontrados em adolescentes.
O estudo
Chitra Mandyam, do Instituto de Pesquisas Scripps, no Estado americano da Califórnia, e sua equipe deram drinks durante uma hora por dia durante 11 meses a macacos. Dois meses depois, os animais eram mortos e seus cérebros comparados com os de macacos que não consumiram álcool.
Os primeiros tinham 50% a 90% menos células-tronco nos seus hipocampos comparados com os que não beberam. "Nós vemos um profundo decréscimo em células vitais", diz Mandyam à reportagem.
Além dos possíveis problemas de memória e de habilidades espaciais, os pesquisadores acreditam que o consumo prematuro de álcool pode levar mais facilmente à dependência quando esses jovens chegarem à idade adulta. Estudos anteriores já indicaram que 41% dos adolescentes que começam a beber aos 12 anos desenvolvem dependência, enquanto que, entre aqueles que começam a beber aos 18 anos, a dependência chega a 11%.
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