As especulações recentes de que Carlos Alberto Parreira poderia até renovar o seu contrato com a seleção da África do Sul não devem se confirmar. Nesta segunda-feira, o técnico deu fortes indícios de que realmente deve se desligar da equipe ao final da Copa do Mundo de 2010.
Conforme avalia o jornal local Sunday Times nesta segunda, Parreira foi chamado pela Federação Sul-Africana de Futebol (Safa) em novembro passado para "salvar" um time após "desastrosos 17 meses" passados com Joel Santana.
Em termos de resultados, o campeão do mundo de 1994 faz bem o trabalho, com cinco vitórias e cinco empates desde que reassumiu o cargo. Antes, Joel vinha sendo massacrado pela imprensa devido a uma série de oito derrotas em nove partidas.
Apesar do bom momento, Parreira não pretende permanecer na África do Sul depois do Mundial e até já rejeitou propostas de renovar até 2012, seja como técnico ou dirigente. Assim, ele admitiu que sente "muita falta" de sua família, especialmente de seus filhos e netos, que vivem no Brasil - praticamente o mesmo motivo que o levou a deixar o país africano em abril de 2008.
Ele lembrou ainda que a de 2010 será sua sexta Copa do Mundo como treinador e que já fez o suficiente para "merecer um descanso". Tirando o título em 1994, o brasileiro não obteve resultados espetaculares - caiu na primeira fase em 1982, 1990 e 1998 respectivamente com Kuwait, Emirados Árabes Unidos e Arábia Saudita e nas quartas de final em 2006, de novo à frente da Seleção.
De qualquer forma, Parreira pretende manter a série de bons resultados dos sul-africanos até o Mundial, querendo voltar a seu a país natal com a moral em alta.
Afirmando que ainda não pensa no futuro, ele tem como "primeira prioridade" levar a equipe da casa pelo menos à segunda fase da competição, o que evitaria uma eliminação na primeira fase que jamais ocorreu entre os anfitriões na história das Copas.
Otimista, o técnico completou apontando que, uma vez que o recorde negativo seja descartado, "tudo pode acontecer no mata-mata".
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