Mensalão do DEM: Durval Barbosa afirmou que Rodrigo Maia era beneficiado pelo esquema de corrupção no DF
Rodrigo Maia é acusado de ligação com escândalo
Rodrigo Maia, por meio de sua assessoria, disse que não iria comentar as acusações de Durval. O delator do mensalão do DEM foi secretário de Arruda no DF e divulgou vídeos que levaram à queda do governador.
Segundo Durval, a participação de Rodrigo Maia no esquema é uma das vertentes da nova fase das investigações do MPF (Ministério Público Federal), com quem tem um acordo de delação premiada.
O ex-secretário também voltou a afirmar que o PMDB recebia pagamentos mensais do esquema de Arruda. O delator, referindo-se à suposta participação de Rodrigo Maia no desvio de dinheiro do governo do Distrito Federal, afirmou que o MPF ia “pegar” os envolvidos.
Durval fez as declarações na noite da quarta-feira (27), quando participava de uma festa para mais de 500 pessoas numa das casas de eventos mais badaladas de Brasília. Era a abertura de uma feira de noivas.
A metralhadora do delator do mensalão do DEM continua ativa. Além de disparar contra o presidente nacional do DEM, Barbosa afirmou que dirigentes do PMDB se beneficiavam do esquema de corrupção montado no governo Arruda. O dinheiro, segundo ele, era entregue ao presidente do diretório do partido no DF, o deputado federal Tadeu Filippelli. Barbosa acusou:
- Filippelli recebia R$ 1 milhão por mês para o PMDB. Inclusive tem um áudio sobre isso.
O deputado Filipelli se recusou a responder e disse:
- Ao Durval, só respondo via Justiça. Já entrei com uma queixa-crime e um processo por danos morais. A esse elemento, só posso responder assim.
Crise no DF
O escândalo envolvendo o ex-governador do DF estourou no dia 27 de novembro de 2009, com a operação Caixa de Pandora da Polícia Federal. Por causa do escândalo, Arruda foi pressionado a sair do DEM e ameaçado de ser expulso da legenda. Na época, Arruda afirmou que se o partido "radicalizasse", ele iria "radicalizar com o partido", dando sinais de que dirigentes da legenda também eram beneficiados pelo esquema.
Pressionado, Arruda deixou a legenda no dia 10 de dezembro, um dia antes da Executiva do partido anunciar a expulsão. No dia seguinte, o STJ (Superior Tribunal de Justiça) determinou a prisão de Arruda. Preso, Arruda foi cassado e ficou na Superintendência da PF por quase dois meses. Hoje, o governo do DF está nas mãos de Rogério Rosso (PMDB), que foi escolhido em eleição indireta pela Câmara Legislativa do DF.
Comentários