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Sexta - 28 de Maio de 2010 às 12:13

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AE
Presidente do DEM é acusado de ter
Presidente do DEM é acusado de ter "acerto" com Arruda
Durval Barbosa, delator do mensalão do DEM, afirmou que o presidente do partido, o deputado Rodrigo Maia (RJ), era um dos beneficiários do esquema de corrupção no Distrito Federal. Segundo Barbosa, Maia tinha um “acerto” com o ex-governador José Roberto Arruda, acusado de ser o chefe do esquema de corrupção no DF.

Rodrigo Maia, por meio de sua assessoria, disse que não iria comentar as acusações de Durval. O delator do mensalão do DEM foi secretário de Arruda no DF e divulgou vídeos que levaram à queda do governador.

Segundo Durval, a participação de Rodrigo Maia no esquema é uma das vertentes da nova fase das investigações do MPF (Ministério Público Federal), com quem tem um acordo de delação premiada.

O ex-secretário também voltou a afirmar que o PMDB recebia pagamentos mensais do esquema de Arruda. O delator, referindo-se à suposta participação de Rodrigo Maia no desvio de dinheiro do governo do Distrito Federal, afirmou que o MPF ia “pegar” os envolvidos.

Durval fez as declarações na noite da quarta-feira (27), quando participava de uma festa para mais de 500 pessoas numa das casas de eventos mais badaladas de Brasília. Era a abertura de uma feira de noivas.

A metralhadora do delator do mensalão do DEM continua ativa. Além de disparar contra o presidente nacional do DEM, Barbosa afirmou que dirigentes do PMDB se beneficiavam do esquema de corrupção montado no governo Arruda. O dinheiro, segundo ele, era entregue ao presidente do diretório do partido no DF, o deputado federal Tadeu Filippelli. Barbosa acusou:

- Filippelli recebia R$ 1 milhão por mês para o PMDB. Inclusive tem um áudio sobre isso.

O deputado Filipelli se recusou a responder e disse:

- Ao Durval, só respondo via Justiça. Já entrei com uma queixa-crime e um processo por danos morais. A esse elemento, só posso responder assim.

 

Crise no DF

O escândalo envolvendo o ex-governador do DF estourou no dia 27 de novembro de 2009, com a operação Caixa de Pandora da Polícia Federal. Por causa do escândalo, Arruda foi pressionado a sair do DEM e ameaçado de ser expulso da legenda. Na época, Arruda afirmou que se o partido "radicalizasse", ele iria "radicalizar com o partido", dando sinais de que dirigentes da legenda também eram beneficiados pelo esquema.

Pressionado, Arruda deixou a legenda no dia 10 de dezembro, um dia antes da Executiva do partido anunciar a expulsão. No dia seguinte, o STJ (Superior Tribunal de Justiça) determinou a prisão de Arruda. Preso, Arruda foi cassado e ficou na Superintendência da PF por quase dois meses. Hoje, o governo do DF está nas mãos de Rogério Rosso (PMDB), que foi escolhido em eleição indireta pela Câmara Legislativa do DF.






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