A descoberta é baseada em um fóssil conhecido desde 1976, mas não classificado. O fóssil possui características ambíguas; para muitos cientistas, tratava-se de um ancestral da família dos camarões e lagostas.
Agora pesquisadores canadenses conseguiram classificar o animal, conhecido como Nectocaris pteryx, como sendo um molusco, grupo que inclui lulas e polvos.
O fóssil indica que o animal possuia dois tentáculos, olhos bem desenvolvidos com lentes internas e um nariz em forma de funil para propulsão, o que o coloca mais próximo do grupo dos moluscos.
A nova classificação foi possível por meio da comparação entre o fóssil original e 91 novos fósseis encontrados no depósito Burgess Shale, em uma montanha no Parque Nacional Yoho, no oeste do Canadá. Burgess Shale é um dos mais famosos depósitos de fósseis do mundo. Os fósseis foram analisados pelo estudante de doutorado Martin Smith, primeiro autor do estudo.
A descoberta indica que os ancestrais de lulas e polvos são 30 milhões de anos mais antigos do que anteriormente estimado e sugere que, nesse curto espaço de tempo, houve uma rápida evolução no grupo dos moluscos.
Esse tipo de estudo é importante porque ajuda a entender como os grupos de animais modernos evoluíram e como a biodiversidade se originou no passado.
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