Malária pode não ser afetada por aquecimento global, diz estudo
Medidas para combater a malária parecem estar neutralizando a esperado difusão da doença com o aumento da temperatura global.
Em estudo publicado na revista "Nature", o pesquisador Peter Gething, da Universidade de Oxford, comparou um mapa contendo áreas de incidência da doença em 2007 com outro de 1900, quando a temperatura mundial estava 0,7 ºC menor.
Gething descobriu que a proporção da área terrestre em que a malária é endêmica caiu de 58% para 30%. A taxa de transmissão da doença também caiu em quase todos os lugares avaliados.
A análise sugere que a incidência de malária pode não crescer em decorrência do aquecimento global.
Segundo o autor, a melhoras nos sistemas de saúde pública e de controle da doença ao longo das décadas superam os efeitos ainda fracos do aquecimento.
O resultado, contudo, pode esconder mudanças nos padrões espaciais de incidência. A malária pode atingir novas regiões, mesmo que, na soma total, ocorra uma queda na área de incidência.
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