Em meio a escândalo, Stábile desliga o celular e "desaparece"

O presidente do Tribunal Regional Eleitoral, desembargador Evandro Stábile, não foi localizado por jornalistas e nem por seus assessores para comentar a apreensão de documentos na casa de magistrados envolvidos em suposto esquema de venda de sentenças. Segundo assessores do Tribunal, o magistrado "sumiu" e ainda não se sabe se uma nota oficial vai ser emitida. A casa de Stábile também teria sido alvo de agentes da PF, que cumpriram 30 mandados de busca e aprenção. Conforme informações, o presidente do TRE estaria viajando, mas ninguém sabe dizer para aonde.

Todo o processo que culminou na realização da Operação Asafe corre sob sigilo no STJ e poucas informações foram confirmadas oficialmente pela PF. Além da residência de Stábile, os policiais teriam apreendido computadores, agendas telefônicas e documentos na casa do juiz Círio Miotto, do desembargador José Luis de Carvalho e dos desembargadores aposentados Tadeu Cury e Donato Fortunato Ojeda, que acabou sofrendo um derrame e está internado na UTI do Hospital Jardim Cuiabá. Os ex-juízes do TRE Renato Viana e Maria Abadia Aguiar prestaram esclarecimentos na PF e foram liberados.

Um dia antes da realização da operação, o presidente do Tribunal de Justiça José Silvério Gomes foi comunicado sobre as diligências na casa de desembargadores e juízes. Como o caso tem ligação com o TRE, por meio de assessoria, Silvério informou que, por enquanto, não vai se posicionar sobre as investigações.