Prefeitos cobram do governo novo auxílio financeiro para municípios
Os prefeitos argumentam que, com as medidas de desoneração do governo para conter a crise econômica internacional, os municípios têm que conviver com "oscilações" nos repasses do fundo.
"O presidente Lula está conduzindo bem as soluções para a crise, mas isso não se refletiu no FPM. Espero que até quinta-feira o governo anuncie um novo auxílio financeiro para os municípios. Sei que a Fazenda [ministério] é um rochedo, mas eles vão perfurá-lo", disse o presidente da Confederação Nacional dos Municípios, Paulo Ziulkoski.
Aplaudido pelos cerca de quatro mil prefeitos que participam da marcha, Ziulkoski deu o recado ao ministro Alexandre Padilha (Relações Institucionais), representante do presidente Luiz Inácio Lula da Silva na marcha. Padilha disse, ao deixar o encontro, que o governo vai discutir a proposta até quinta-feira.
"O governo federal vem garantindo aumento do FPM, fizemos o maior aumento em 2008 e 2009. Subiu de R$ 22 bilhões para mais de R$50 bilhões ao longo do nosso governo", disse.
Padilha afirmou que a redução do IPI (Imposto sobre Produtos Industrializados) foi "fundamental" para manter o crescimento econômico --mesmo com a redução no fundo. O ministro argumenta que, no ano passado, o governo liberou uma ajuda extra de R$ 2,3 bilhões que igualou o FPM ao liberado em 2008.
Os prefeitos reclamam, porém, que o valor teria que ser maior para repor as perdas inflacionárias do período. O prefeito de Vitória (ES), João Coser, defendeu que os valores do FPM sejam fixos, sem oscilações.
"Um mês você recebe R$ 100 mil, no outro mês, R$ 30 mil. Como se faz planejamento se você não sabe quanto vai receber?", questionou.
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