Repórter News - reporternews.com.br
Meio Ambiente
Terça - 18 de Maio de 2010 às 04:05
Por: Renê Dióz

    Imprimir


Geraldo Tavares/DC
Em VG, fogo pode ter sido provocado por bituca de cigarro. Outro incêndio consumiu lixo em terreno
Em VG, fogo pode ter sido provocado por bituca de cigarro. Outro incêndio consumiu lixo em terreno

A semana começou dando sinais de que está aberta a “temporada” de queimadas em Mato Grosso este ano, tanto florestais quanto urbanas. Com o início da estiagem, ontem o Parque Nacional de Chapada dos Guimarães se viu pela primeira vez neste ano ameaçado por uma frente de incêndio que bombeiros, brigadistas do Parque e um helicóptero do governo tentavam controlar até o final do dia. Já na área urbana, o incêndio numa área central de Várzea Grande gerou uma coluna de fumaça vista até de alguns locais do centro de Cuiabá até o meio da tarde.

O incêndio que ameaça o Parque Nacional teve início na tarde de domingo. A área é de difícil acesso, na região da serra do Quebra-Gamela, à direita para o motorista que sai de Cuiabá para Chapada dos Guimarães (a 65 km de Cuiabá) e a 3 km do limite do Parque.

Seis brigadistas do Parque Nacional estão em trabalho de contenção do fogo, auxiliados por sete bombeiros militares e um helicóptero do governo estadual, que auxilia no difícil acesso à região atingida pelas chamas, segundo o coronel dos Bombeiros Aderson José Barbosa. Os trabalhos continuam hoje para impedir que o fogo adentre aos limites do Parque. Ainda não há estimativa da área atingida.

Segundo a analista ambiental Priscila Amaral, do Instituto Chico Mendes (ICMBio), há indícios de que o fogo tenha sido provocado por motoqueiros, intencionalmente ou não. Um brigadista do Parque notou a presença deles na área durante a tarde de domingo e a hipótese é de que tenham jogado no chão alguma bituca de cigarro.

Na região onde já passou, a frente de incêndio preocupa porque eleva os riscos de erosão na medida em que extermina a vegetação rala. Já o avanço do fogo preocupa ainda mais porque pode atingir o Vale do Véu de Noiva, área de floresta (ou seja, mais suscetível ao incêndio que o cerrado), que o Plano de Manejo do Parque Nacional classifica como “zona intangível”, cuja biodiversidade carece de proteção máxima.

Na zona urbana, outro grande incêndio registrado ontem foi na área de gramado do complexo do Ministério da Agricultura em Várzea Grande, na avenida da FEB, onde fica o aparato do Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet). Assim como em Chapada, as chamas começaram ali no dia anterior e foram contidas pelos bombeiros. Entretanto, pouco depois da hora do almoço de ontem, o fogo ressurgiu. A fumaça se ergueu durante cerca de duas horas. Às 15h, o fogo estava controlado.

De acordo com a divisão de apoio administrativo da Superintendência Federal de Agricultura, Josenice Auxiliadora Tavares, as chamas devem ter sido causadas por alguma bituca de cigarro jogada por usuários de ônibus – na frente do terreno, há dois pontos de ônibus. A grande preocupação era de que as chamas atingissem os equipamentos de previsão do tempo ou o arquivo do Ministério da Agricultura. Também em Várzea Grande, um incêndio de menor porte, mas com pneus, lixo e materiais pesados, foi registrado num terreno do Alzira Santana.

AR - As queimadas urbanas são prejudiciais à saúde não só pela inalação de fumaça, mas porque ressecam o ar, o que já está acontecendo em Mato Grosso pelo menos nas cidades de Diamantino, Sorriso, Sinop, Campo Novo dos Parecis, Juína e Juara.






Comentários

Deixe seu Comentário

URL Fonte: https://reporternews.com.br/noticia/131933/visualizar/