Custo de adequações no trânsito e transporte chega a R$ 900 mi
A previsão para gastos em adequações de ruas e avenidas para a Copa do Mundo de 2014 é R$ 900 milhões. O dinheiro inclui a construção de viadutos, trincheiras e alargamento de pistas. As mudanças no transporte coletivo estão entre os investimentos que, segundo os técnicos da Agência Estadual de Projetos da Copa (Agecopa), vão ficar como "legado" para a cidade. Caso Cuiabá não fosse escolhida como cidade-sede, a previsão para implantação do sistema seria cerca de 20 anos.
O investimento é uma exigência da Fifa, que fez estudos e diagnosticou que 60% dos torcedores usam o transporte coletivo para chegar até a arena dos jogos, centros de treinamentos, aeroporto, fan park e hotéis. De acordo com dados da Agecopa, 270 mil pessoas usam transporte coletivo em Cuiabá. Em Várzea Grande são 90 mil e mais 20 mil utilizam o intermunicipal. Os números correspondem ao fluxo diário.
O coordenador de Mobilidade Urbana da Agecopa, Rafael Detoni, explica que será instalado na Capital o Bus Rapid Transit (BRT), que é um corredor específico para ônibus, no qual os veículos ficam separados dos carros particulares. A ideia é fazer com que as alterações no trânsito, como engarrafamento nos horários de pico, não interfiram na rota.
Para chegar ao objetivo, casas serão desapropriadas e imóveis que ocupam a faixa de domínio serão derrubados. Ainda não há uma lista definida dos espaços ocupados, mas a avenida Fernando Corrêa da Costa, Miguel Sutil e Rubens de Mendonça (CPA) terão mais alterações.
O presidente da Agecopa, Adilton Sachetti, fala que a possibilidade de desapropriação está gerando especulação imobiliária e, por este motivo, algumas obras serão divulgadas a partir da liberação dos recursos.
A cidade terá 2 BRT"s. Um deles ligará a região do Coxipó, desde o trevo de acesso ao Tijucal, até a área central, e o segundo ligará a região do CPA ao aeroporto.
Com a instalação, o BRT será alimentado por linhas que saem dos bairros. Os passageiros serão deixados em uma estação que faz a trajetória dentro do corredor. A ação vai reduzir a quantidade de veículos dentro dos bairros, já que um poderá fazer mais viagens e atender a demanda.
Dentro da estação, o usuário vai poder locomover-se para qualquer lugar da cidade. Ainda não foi definido o tipo de ônibus que fará o transporte nos corredores, mas uma fábrica já mandou para cidade um modelo articulado, que fez um teste na área central ontem e será disponibilizado para avaliação das empresas que hoje fazem o transporte.
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