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Meio Ambiente
Sexta - 14 de Maio de 2010 às 09:09

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Em apenas três desmatamentos flagrados por fiscais da Secretaria Estadual de Meio Ambiente (Sema) em Mato Grosso R$ 3,5 milhões em multa foram aplicados. Em dois casos, a área atingida soma mais de 2,6 mil hectares, no município de Ipiranga do Norte, distante 450 quilômetros ao norte de Cuiabá.

Conforme o coordenador de Fiscalização da Sema, Eduardo Rodrigues, há muito não se via no Estado desmate na proporção que foi encontrado recentemente. Além das duas áreas de Ipiranga do Norte (uma de 1,443 mil hectares e outra de 1,2 mil ha), 888 hectares de terra também foram desmatados no município de Sorriso (a 420 quilômetros da Capital), no distrito de Boa Esperança do Norte. As três propriedades ficam em área de floresta.

Em um dos casos, de acordo com Rodrigues, o proprietário vive no Sul do país. No local sequer existe sede da fazenda, em Ipiranga do Norte. “Esse desmate começou em janeiro. Quando chegamos lá, já era tarde, estava tudo desmatado”, acrescentou. Para cada hectare de terra devastado, a multa é de R$ 1 mil. “Não sabemos ainda o que está causando esse desmate significativo, que há muito não se via no Estado”, completou.

Quanto à incidência de queimadas, os fiscais da Sema já iniciaram o trabalho de campo para identificar os focos, com destaque para Feliz Natal (636 quilômetros de Cuiabá). “Começaram agora, ainda não temos uma incidência de multas. Agora, com a greve do Ibama, pode ser que as pessoas estejam aproveitando mais para fazer desmate, para cometer crime ambiental”, ponderou Rodrigues, que responde por uma equipe de 21 fiscais ligados à região de Cuiabá.

GREVE – Além dos fiscais da Sema, Mato Grosso conta com a atuação de aproximadamente 300 servidores do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente (Ibama) e do Instituto Chico Mendes de Biodiversidade (ICMBio), responsáveis por defender o patrimônio natural do Estado. Uma greve por parte dos servidores provocou preocupação sobre o avanço do desmatamento no Estado nos últimos dias, mas o comando de greve afirma que as atividades essenciais estão sendo mantidas – como a Operação Soja Pirata, a de maior demanda de profissionais.

Tanto que o comando de greve recebeu como favorável ao movimento a decisão do Supremo Tribunal de Justiça (STJ), que o considerou legal desde que não prejudique os trabalhos essenciais. “Isso inclusive obriga que o governo se sente à mesa de negociação”, prevê Augusto Castilho, do comando de greve no Estado, sobre os prováveis desdobramentos do assunto nos próximos dias.






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