Em 2 semanas, Sema aplica R$ 3,5 milhões em multas
Em apenas duas semanas, a Secretaria Estadual de Meio Ambiente (Sema) emitiu R$ 3,5 milhões em multas. O valor é referente a 3 pontos de desmatamento encontrados a partir da divulgação dos dados do Sistema de Alertas de Desmatamentos (SAD), do Imazon e do Sistema de Detecção de Desmatamentos em Tempo Real (Deter), do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), divulgados em seus últimos boletins. E ainda faltam outros 149 pontos para serem fiscalizados.
O maior ponto de desmatamento encontrado até agora, segundo o coordenador de Fiscalização de Florestas e Unidades de Conservação da Sema, Eduardo Rodrigues, foi uma área de 888 hectares, em Boa Esperança do Norte, no município de Sorriso (420 km ao norte de Cuiabá).
"Ao percorrer a região do distrito de Boa Esperança do Norte, os fiscais detectaram o desmatamento a corte raso das florestas e demais formações nativas, num total de 888 hectares de degradação ambiental numa mesma propriedade, sem autorização de órgão ambiental competente", afirmou Rodrigues.
Há duas semanas foram encontrados também 2 pontos de devastação da floresta amazônica no município de Ipiranga do Norte (538 km ao norte de Cuiabá): um com 1,4 mil hectares e outro com 1,2 mil hectares. A multa é de R$ 1 mil por hectare desmatado.
Rodrigues destacou que os pontos de perigo estão concentrados nos municípios de Feliz Natal, Marcelândia, Nova Ubiratã, além de Ipiranga do Norte, todos localizados na região Norte de Mato Grosso. Além disso, o desmatamento está concentrado nas propriedades que ainda não são cadastradas junto à Sema.
"Somente podemos identificar se o desmatamento não atingiu a área de reserva legal de uma propriedade (que é de 20%), se ela estiver identificada na secretaria", explicou Rodrigues.
Desde o início da greve que paralisa os servidores do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama), equipes de fiscalização da Sema intensificaram as ações em todo o Estado. As operações continuam em vários municípios.
Comentários