Desde maio, termômetros não chegavam aos 28ºC em Porto Alegre
O Rio Grande do Sul passou por extremos de temperaturas baixas na semana passada, quando uma das massas de ar polar mais intensas dos últimos dez anos atuou sobre o Estado. Em Porto Alegre (RS) foi registrada a menor máxima do ano no dia 23 de julho, quando fez 9,1°C na cidade. Porém, na última quinta, dia 1º, a capital gaúcha registrou a tarde mais quente do inverno, com temperatura de 28,8°C. A última vez que os termômetros chegaram a 28°C na cidade foi no dia 10 de maio, no outono.
O calor deve continuar tomando conta de boa parte do Rio Grande do Sul. Enquanto a frente fria não chega, os ventos que sopram de norte fazem as temperaturas subirem. Os termômetros marcam 31°C em Santa Maria e São Borja e 30°C em Teutônia e Santa Rosa.
Porém, as altas temperaturas não duram muito no Estado. O breve período de calor chega ao fim e a máxima não passa dos 20°C no centro, oeste e sul do Rio Grande do Sul e dos 22°C no norte gaúcho. Lentamente, a frente fria avança e chove desde cedo em quase todas as regiões, chegando aos 40 milímetros na região central.
No fim de semana o tempo fica instável no Rio Grande do Sul, com chuva mais intensa na serra gaúcha no sábado.
– Além disso, o avanço de uma massa de ar polar deixa a temperatura ainda mais baixa, com mínimas próximas dos 5°C na Campanha e máxima inferior aos 20°C em todo o Estado – explica o meteorologista da Somar, Celso Oliveira.
Sudeste com tempo frio e seco
Uma massa de ar frio ainda deixa as temperaturas baixas em algumas regiões do Brasil. Segundo dados das estações automáticas do Inmet (Instituto Nacional de Meteorologia), pelo menos nove cidades mineiras registraram os menores valores deste ano. Em muitas cidades, os termômetros ficaram abaixo dos 10°C em vários municípios: 6,5°C em Viçosa, 7°C em Montalvânia, 8,4°C em Rio Pardo de Minas e 9,1°C em Capelinha e São Romão.
No Sudeste, desde as 5h da manhã, a estação da CETESB (Companhia Ambiental do Estado de São Paulo) localizada na região da Vila Parisi, em Cubatão, no litoral paulista, registra qualidade do ar "péssima" por Material Particulado Inalável, a pior possível de uma escala com cinco categorias. A medição das 8h registrou qualidade do ar moderada em 14 das 23 estações espalhadas entre o litoral e o interior. A de Cubatão continua péssima e da Ponta da Praia, em Santos, ruim. Na Região Metropolitana de São Paulo, das 24 estações, 15 registravam qualidade do ar moderada, sete ruim e dois estavam inoperantes.
O tempo seco dificulta a dispersão de poluentes e contribui para piorar a qualidade do ar, além de deixar a umidade relativa do ar muito baixa e aumentar o risco de queimadas. Ontem, das 29 estações meteorológicas do Inmet no Estado de São Paulo, apenas duas cidades registraram valores acima dos 30%, colocando os municípios em Atenção.
Segundo previsão da Somar, a sexta e os próximos dias serão marcados por grande amplitude térmica no Sudeste, com frio pela manhã e calor durante as tardes, sem previsão de chuvas. Na segunda, dia 5, a passagem de uma frente fria pela costa da região causa declínio da temperatura máxima também no sul e leste de São Paulo e no sul do Rio de Janeiro e de Minas Gerais.
Primeira quinzena será a mais fria no Nordeste
A sexta, dia 2, amanheceu com recordes de frio também na Bahia, onde 17 cidades registraram menores valores do ano. Os termômetros marcaram 8,9°C em Vitoria da Conquista, 10°C em Correntina, 11,5°C em Itapetinga, 12,2°C em Irecê, 13°C em Ipiaú, 13,3°C em Itiruçu e Piata.
A próxima quinzena será a mais fria na região, com máximas que não passam dos 27°C no centro e leste da Bahia, Sergipe, Alagoas, centro e leste de Pernambuco, sul e leste da Paraíba e litoral sul do Rio Grande do Norte. A partir da próxima sexta, dia 9, o frio aumenta ainda mais com máximas que não passam dos 24°C na Chapada Diamantina e Planalto da Conquista, ambos na Bahia.
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