Cientista político afirmou que situação não deve mudar se não surgir um “novo nome”
Número de eleitores de até 18 anos caiu 25% desde 2006
Desde a última eleição para presidente da República, em 2006, o número de eleitores com 16 e 17 anos de idade caiu 25,65%, segundo dados do TSE (Tribunal Superior Eleitoral. Para o cientista político Valdir Pucci, o Brasil vive uma espécie de acomodação democrática que provoca esse desinteresse dos jovens pela vida política.
- O país vive essa normalidade democrática. Nós vamos ter uma eleição este ano mais burocrática, o que não empolga o jovem. Essa realidade é parecida com a dos lugares onde o voto é facultativo, a eleição não mobiliza a sociedade.
Em março de 2006, os eleitores até 18 anos – que podem optar por votar ou não nas eleições – representavam 2% do eleitorado. Eram 2.488.542 jovens entre os 123.742.355 eleitores brasileiros, segundo dados do TSE. Em março de 2010, os jovens entre 16 e 17 anos representam 1,34% do eleitorado. São 1.792.554 jovens entre os 133.249.485 eleitores, de acordo com os dados mais recentes do TSE.
Segundo Pucci, o sentimento de descrédito em relação aos candidatos e à situação política do país também causa o desinteresse dos jovens em tirar o título de eleitor.
- O cidadão brasileiro como um todo tem um descrédito em relação à política, de que não adianta votar porque tudo vai continuar como sempre esteve. E com os jovens não é diferente.
Na opinião dele, o que pode causar uma mudança neste cenário daqui a quatro anos é a entrada de novos nomes na briga política ou alguma alteração forte nos rumos do país.
- Se não tivermos nenhuma mudança grave no ritmo do país nem surgir um novo nome, a tendência é ficar assim.
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