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Ciência/Pesquisa
Sexta - 30 de Abril de 2010 às 15:59

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Cientistas americanos conseguiram, pela primeira vez, prever quais doenças uma pessoa poderá desenvolver, a partir de seu mapeamento genético.

Em estudo publicado na revista científica The Lancet, uma equipe da Universidade de Stanford, na Califórnia, analisou todo os genes do colega Stephen Quake, de 40 anos, e concluiu que ele corre o risco de sofrer de problemas como diabetes, doenças cardíacas e alguns tipos de câncer.

No ano passado, o professor de bioengenharia Quake ficou conhecido por ter desenvolvido uma nova tecnologia capaz de realizar seu mapeamento genético com menos de US$ 50 mil - um valor muito menor do que se gastava no início das pesquisas de genoma.

Outros cientistas, no entanto, disseram que a experiência levanta dilemas éticos, mesmo representando o início de uma nova era de medicina personalizada.

Ética

Quake se voluntariou para o estudo e, antes, foi submetido a sessões com um psicólogo para se preparar para a possibilidade da descoberta de uma doença grave.

Os cientistas analisaram genoma de Quake procurando por variações e "erros" genéticos associados com 55 doenças.

"Foi uma experiência interessante e eu estava curioso para saber os resultados", disse ele.

"Mas é importante admitir que nem todo mundo pode querer saber dos detalhes íntimos de seu genoma. Há muitas questões éticas, educacionais e de políticas que precisam ser esclarecidas antes de darmos continuidade com esse tipo de trabalho."

O custo do mapeamento genético vem diminuindo, e alguns cientistas acreditam que um estudo semelhante ao realizado na Califórnia poderá ser oferecido por médicos dentro de dez anos.






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