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Meio Ambiente
Sexta - 02 de Agosto de 2013 às 06:57
Por: GUSTAVO NASCIMENTO

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Mais de 5 mil focos de calor foram registrados pelos satélites do Inpe de janeiro a julho deste ano
Mais de 5 mil focos de calor foram registrados pelos satélites do Inpe de janeiro a julho deste ano
Mato Grosso lidera lista dos estados com maior número de queimadas. Conforme dados do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), o estado é responsável por 25% dos mais de 20 mil focos registrados no país, em 2013. 

Entre o dia 1º de janeiro e 30 de julho foram contabilizados 5.127 pontos no estado. O número é tão grande que representa quase o dobro do segundo colocado, Tocantins, que teve 2.916 focos, no mesmo período. Em todo o território nacional foram registrados 20.370. 

Apesar de manter o topo do ranking, uma redução de 12% foi observada se considerar o mesmo período de 2012, quando 5.774 focos foram apontados pelo satélite. 

Ainda segundo os dados do Inpe, se for considerado apenas o mês de julho, foram 1.630 pontos de queimadas no Estado, sendo que 813 ocorreram durante o período proibitivo, ou seja, após o dia 15 de julho. 

De acordo com a organização não governamental ambiental, Instituto Centro de Vida (ICV), os municípios que tiveram mais focos de calos este ano, são os mesmos do ano passado. 

Oito cidades aparecem nos dois últimos anos no rol. Os municípios de Nova Maringá (400 km a médio-norte de Cuiabá), Gaúcha do Norte (595 km ao norte), Feliz Natal (536 km ao norte de Cuiabá), Nova Ubiratã (502 km ao norte de Cuiabá), Querência (945 km a nordeste de Cuiabá), São Félix do Araguaia (1.200 km a nordeste de Cuiabá), Paranatinga (373 km ao sul de Cuiabá) e Brasnorte (579 km a nordeste de Cuiabá). 

Para Laurent Micol, coordenador executivo do ICV, o fato evidencia que o Plano Estadual de Prevenção e Controle do Desmatamento e das Queimadas (PPCDQ-MT) não está sendo efetivo. 

Laurent destacou que o Estado falha em três quesitos principais para combater as queimadas. Campanhas de mobilização, capacidade de intervenção e aplicação de punições. “A falta de punição talvez seja o principal ponto, pois menos de 1% das multas aplicadas são cobradas. Ou temos uma incapacidade do governo de cobrar ou o Estado não tem claro quais são suas prioridades”. 

Segundo Wilson Taques, Secretário Adjunto de Mudanças Climáticas da Secretaria de Meio Ambiente (Sema), os dados não são imparciais, pois MT somente lidera o ranking por ter um dos maiores territórios. Ele apontou que desde janeiro, campanhas têm sido realizadas e que o estado investiu pesado na locação de aeronaves, veículos terrestres e materiais para combater as queimadas. 





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