Mendes neutralizou "surtos autoritários", diz Celso de Mello
Segundo o ministro, Gilmar Mendes agiu "em momentos nos quais periclitou o regime das liberdades fundamentais, por efeito do comportamento expansivo de setores do Estado, que se pretendiam imunes ao controle de uma jurisdição superior"
Sem citar o fato concreto, foi uma clara referência de Celso de Mello às críticas que Mendes fez em meados de 2008 à Polícia Federal, por ocasião da Operação Satiagraha, que levou à prisão o banqueiro Daniel Dantas.
Na época, o então presidente do Supremo criticou abusos cometidos pela PF e também a atuação conjunta de membros do Ministério Público e do Judiciário, quando deveriam ser independentes.
O ex-presidente do STF se desentendeu, na época, com o juiz Fausto De Sanctis, quando revogou as duas duas prisões de Dantas determinadas pelo magistrado paulista. Enquanto Mendes afirmou que o juiz estava desrespeitando uma decisão da Suprema Corte, ele sofreu críticas de que havia suprimido instâncias do Judiciário.
Celso de Mello ainda profere, neste momento, seu discurso preparado para a posse do novo presidente do Supremo, Cezar Peluso, 67, primeiro ministro indicado pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva a ocupar o posto. Peluso fica no cargo até abril de 2012.
Gilmar Mendes, por sua vez, volta à bancada para se sentar ao lado do colega Joaquim Barbosa, com quem protagonizou no ano passado um dos mais duros bate-bocas da história do Supremo Tribunal Federal.
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