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Politica Brasil
Terça - 20 de Abril de 2010 às 21:15

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A oposição classificou nesta terça-feira de "ridícula" a política externa brasileira ao endossar as criticas de artigo do jornal "Financial Times" ao estilo de negociação do governo federal no exterior. Os oposicionistas afirmam que as "gafes" cometidas pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva ao defender posições polêmicas na comunidade internacional podem colocar em risco do pleito brasileiro de ocupar uma vaga no Conselho de Segurança das Nações Unidas.

"O Brasil foi parar nos holofotes e gafes passaram a merecer visibilidade. Está para se configurar um descompasso entre o tamanho do país e as inconsequentes posições de seu presidente", disse o líder do DEM no Senado, José Agripino Maia (RN).

O presidente da CRE (Comissão de Relações Exteriores) do Senado, Eduardo Azeredo (PSDB-MG), disse que a diplomacia brasileira adota posturas "agressivas". "O sucesso é perigoso porque as pessoas acham que não têm limite e assumem posições de risco."

Além de atacar Lula, a oposição disparou críticas ao ministro Celso Amorim (Relações Internacionais) e ao assessor do Planalto para Assuntos Internacionais, Marco Aurélio Garcia. "É um trio deslumbrado, megalomaníaco e, agora, ridicularizado. De um presidente que conquistou a credibilidade e o respeito internacional, ele [Lula] está conseguindo reverter isso para o ridículo na comunidade internacional."

Em defesa do governo, o senador Renato Casagrande (PSB-ES) disse que o artigo do Financial Times não condiz com a realidade do país. "Mesmo que tenha falhas, a política externa brasileira é conhecida no mundo todo. Isso [crítica] é algo pontual. Não digo que não haja equívocos, mas o artigo não representa a imagem no Brasil no cenário internacional."

Artigo

O artigo assinado pelo jornalista John Paul Rathbone afirma que o jeito "carinhoso" do Brasil é um obstáculo para que o país consiga um lugar entre as grandes potências no cenário internacional. No texto, o jornalista diz que o Brasil "tornou-se importante na comédia das nações, quase sem ninguém perceber".

Segundo o jornal, o Brasil tem 1.400 diplomatas e sua voz, ao lado da Turquia e China, é importante em questões internacionais, como as sanções nucleares ao Irã. No entanto, segundo o texto, "a política de arco-íris do Brasil pode estar atingindo o seu limite e poderia até colocar em risco a vaga permanente no Conselho de Segurança que o país cobiça".

"Gafes recentes mudaram a imagem açucarada do Brasil e do seu presidente também", afirma o "Financial Times".

Entre os episódios citados pelo jornal estão a crítica feita pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva à greve de fome ativista cubano Orlando Zapata e os comentários do presidente sobre protestos da oposição após as eleições no Irã quando Lula disse que as manifestações eram "choro de perdedores".






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