O caso envolvendo Danilo, do Palmeiras, e Manoel, do Atlético-PR, pode ter conseqüências severas para o zagueiro palmeirense. O episódio, de troca de agressões entre os atletas, que terminou em uma cusparada de Danilo em Manoel, além de supostamente ter chamado o jogador atleticano de "macaco", pode render uma punição de pelo menos 22 partidas para o defensor da equipe alviverde, mais multa de R$ 100 mil.
O procurador geral do STJD, Paulo Schmidt, já enviou o processo para o Tribunal nesta sexta-feira e disse que ambos os zagueiros devem sofrer punição. "Solicitamos as imagens no início da manhã. Se houver comprovação da infração nas imagens solicitadas, Danilo deve responder por ato discriminatório, com pena de cinco a 10 jogos. Já a cusparada tem pena de seis a 12 jogos. O atleta do Atlético-PR também deve ser punido por ter confessado o pisão, em tom de revide e pela pela cabeçada que originou todo o imbróglio", disse o procurtador, em entrevista ao Terra TV.
Se confirmada a punição a Danilo, o zagueiro pode perder todo o primeiro turno do Campeonato Brasileiro (19 jogos), que se inicia no próximo dia 8 de maio. Como a punição é cumulativa e não se restringe apenas à Copa do Brasil, o zagueiro só voltaria ao futebol no mês de setembro, nas primeiras rodadas do returno, totalizando um gancho de mais de quatro meses.
O episódio não foi relatado na súmula pelo árbitro da partida desta quinta-feira, Marcelo de Lima Henrique. Porém, Schmidt não descartou deixar os jogadores fora da partida de volta das oitavas de final da Copa do Brasil, na Arena da Baixada, na próxima quarta, utilizando-se de um efeito suspensivo.
"Vai depender da pauta no Tribunal, tem um feriado no meio (21 de abril). Fica a critério do Tribunal aplicar uma suspensão preventiva aos atletas. Da nossa parte na Procuradoria, temos que fazer a denúncia o mais rápido possível", afirmou.
Além dos problemas na Justiça Desportiva, Danilo deve responder na Justiça Comum pela acusação de racismo. De acordo com o artigo 140, parágrafo 3º do Código Penal, o defensor do Palmeiras pode pegar de um a três anos de prisão, caso seja considerado culpado.
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