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Meio Ambiente
Terça - 06 de Abril de 2010 às 16:53

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Os carros elétricos vêm apresentando forte desempenho, com incentivos e novos modelos que fazem deles opções realistas, mas a atenção que estão despertando pode destacar suas falhas na comparação com os modelos acionados a gasolina ou diante de alternativas como os biocombustíveis.

A atenção que eles vêm recebendo incomoda algumas pessoas no setor de biocombustíveis, cuja popularidade em ascensão foi bloqueada subitamente pelo excesso de produção em 2007, subsequentes concordatas e perda de popularidade, devido ao estabelecimento de uma associação --contestada pelo setor-- entre os biocombustíveis e a fome em ascensão.

A gasolina pode continuar superando as duas alternativas por décadas como a menos pior das opções, caso haja adoção mais ampla de carros convencionais mais eficientes, que ajudem a reduzir as emissões de carbono e a dependência de petróleo.

A incerteza é notável no mercado mundial de automóveis e combustíveis, que movimenta entre US$ 5 trilhões e US$ 6 trilhões ao ano, e o único dado sobre o qual todos parecem concordar é que o número de automóveis deve continuar em ascensão, atingindo os 2 bilhões em 2050.

O ímpeto no momento favorece a eletricidade, depois da alta do preço do petróleo em 2008, generosos incentivos governamentais e uma crise paralisante no setor automobilístico mais amplo. Na semana passada, os Estados Unidos adotaram padrões de economia de combustível semelhantes aos vigentes na Europa.

Salão do Automóvel

Os carros ecológicos ocuparam posições de destaque este ano nos salões do automóvel de Nova York, Genebra e Detroit, incluindo modelos acionados apenas por baterias, híbridos que combinam gasolina e eletricidade e carros convencionais pequenos e que economizam mais combustível.

Os veículos elétricos acionados por baterias, no entanto, são onerosos.

A Mitsubishi Motors e a Nissan Motor anunciaram na semana passada os preços de seus carros a bateria, o i-MiEV e o Leaf, que já estão em produção ou perto disso.

Os valores eram de 3,98 milhões de ienes (US$ 42,52 mil) e 3,76 milhões de ienes, respectivamente, desconsiderados os subsídios governamentais, diversas vezes mais caros que os carros convencionais equivalentes.

Entre as alternativas, estão os biocombustíveis. O grande grupo petroleiro Royal Dutch Shell apostou forte no etanol, fechando em fevereiro acordo com a brasileira Cosan para uma joint venture de etanol de US$ 21 bilhões.

O etanol produzido com cana-de-açúcar brasileira consegue enfrentar o petróleo a preços de US$ 40 ou US$ 50 por barril, ante um preço atual de US$ 80 da primeira. Isso criou no Brasil um mercado no qual boa parte dos carros novos são flex, acionados por qualquer mistura entre etanol e gasolina, sem custo adicional.





Fonte: Reuters

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