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Segunda - 29 de Março de 2010 às 21:57

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O jornalista William Bonner, que é editor-chefe e apresentador do "Jornal Nacional", afirmou nesta segunda-feira (29) que as ideias implantadas por Armando Nogueira, um dos responsáveis pela criação do programa, serão respeitadas mesmo após a sua morte, nesta segunda-feira (29) no Rio de Janeiro.

"O Armando vai descansar sabendo que o "Jornal Nacional se transformou num gigante criado por ele. Temos o compromisso de renovar diariamente o que foi assumido por Armando e pela equipe que criou o JN em 1969", afirmou.

"Quem criou esse compromisso silencioso com o público brasileiro de levar o que há de mais importante no país e no mundo diariamente foi Armando Nogueira, a despeito de todas as dificuldades que se impuseram ao trabalho dele, de Alice Maria e de toda a equipe do "Jornal Nacional" no período em que nasceu esse gigante da televisão e do telejornalismo brasileiro."

Para a jornalista Alice Maria, que começou na equipe de Armando como estagiária e chegou a ser a principal executiva da Central Globo de Jornalismo, Armando Nogueira foi o responsável por transformar o telejornalismo brasileiro no que é hoje.

"Tudo o que existe hoje nessa área nasceu dele. Ele tinha o maior amor pela imagem, porque tinha sido fotógrafo. Ele tinha uma paixão, um entusiasmo muito grande. Eu nunca tinha trabalhado em televisão, nem em jornal, nem em nenhum lugar. Eu cheguei lá para fazer estágio e tive a sorte de encontrar ele", contou.

"Ele era perfeccionista, era ético, um jornalista que tinha uma história e que veio do jornal com toda a sensibilidade dele e visão que ele tinha para implantar o telejornalismo naquela época. Acho que ele é o responsável pelo telejornalismo no Brasil", afirmou.

Já José Bonifácio de Oliveira Sobrinho, o Boni, que dirigiu a programação da Globo durante o período de criação do "Jornal Nacional", disse que sem Armando Nogueira "o telejornalismo no Brasil não seria o que é hoje".

"O Armando tinha o sonho, junto comigo, de fazer um telejornalismo dinâmico, livre e que pudesse, de alguma maneira, ser um processo de informação constante para a população brasileira. Acho que nós conseguimos fazer isso com todos os programas que criamos juntos ["Jornal Nacional", "Globo Repórter" e "Fantástico", entre outros]", disse.

"Ele não desprezava o texto nem na televisão, nem no rádio, o que proporcionou a ele ser testemunha de vários acontecimentos. É uma figura especial, sem ele a gente não teria o que fez e o telejornalismo no Brasil não seria o que é hoje."






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