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Politica Brasil
Sexta - 26 de Março de 2010 às 06:23
Por: José Maria Tomazela

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O presidente Luiz Inácio Lula da Silva, o governador de São Paulo, José Serra (PSDB), e a ministra da Casa Civil Dilma Rousseff, foram personagens de um embate político em torno do tema saúde, ontem , em evento no interior paulista.

 

Ao discursar, antes de Lula, Serra cobrou melhorias na área, apesar de considerar o Serviço Único de Saúde (SUS) o melhor da América Latina. "Temos de torná-lo cada vez melhor, com atendimento mais de primeira classe. Não podemos ter na saúde atendimento de primeira e de segunda classe."

Em resposta, o presidente disse que o SUS está se aperfeiçoando. "Tudo o que a gente tenta dar para todo mundo sai de pouca qualidade, mas o Serra tem razão, é o melhor plano de saúde da América Latina."

Dilma, ao discursar, criticou indiretamente a falta de adesão do governo paulista ao Sistema de Atendimento Móvel de Urgência (Samu). No Estado, o programa funciona graças a acordos com prefeituras. "O governo federal não consegue sozinho levar à frente essa política generosa que é implantar o Samu e dar cobertura a 100% dos brasileiros se não contar com parcerias com os prefeitos. Aqui em São Paulo, o governo federal participa também do custeio, ou seja, tira dinheiro do bolso e ajuda pagar os médicos, enfermeiros e a sustentar esse projeto que é o Samu."

As declarações foram dadas na solenidade de entrega de 650 ambulâncias do Samu, na empresa Rontan, em Tatuí, a 137 km de São Paulo - os veículos estavam prontos desde o final de fevereiro. Lula repetiu críticas à imprensa, alegando que, se não estivesse na entrega das ambulâncias, o evento não mereceria "nem uma notinha de rodapé". Aplaudido pelos dois mil trabalhadores da empresa, fez brincadeiras e se considerou "quase um portador de deficiência" por ter perdido um dedo mínimo em acidente de trabalho. "Fosse hoje, teriam implantado o dedo", disse, depois de criticar o elitismo da saúde no Brasil.

Lula não se referiu ao fato de o governo paulista não ter aderido ao Samu, mas destacou que havia desconfiança quando o programa foi criado, em 2004. Sem citar nomes, disse que a prefeitura do Rio, na época, não pôs para funcionar 80 ambulâncias que recebeu. "Só para ter ideia, nem o Bolsa-Família eles cadastraram, por achar que o governo federal não deveria chegar até os pobres do Rio de Janeiro." Lula disse que até julho voltará à cidade para entregar mais 1.650 ambulâncias. Disse ainda que o Samu deverá dispor de aviões e helicópteros.

Serra não considerou ter havido crítica a seu governo e disse que o governo estadual coopera com o governo federal. "De nossa parte há uma iniciativa que complementa todo o sistema de saúde, que é o hospital e o atendimento de emergência. Nos últimos três anos fizemos dez hospitais novos em São Paulo."

Dilma encerrou seu discurso com referência ao slogan "a esperança venceu o medo", usado por Lula na campanha de 2002. "Nós podemos transformar (o País) e, sobretudo, nós vamos fazer isso, cercados por essa imensa força desse sentimento que é a esperança que mais uma vez vem vencendo o medo no Brasil", discursou a ministra.

Imposto do cheque
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva disse ontem que o próximo presidente terá de encontrar um substituto para a CPMF, "Não é possível fazer saúde neste país sem dinheiro, pois custa caro."

 

PONTOS-CHAVE

Embate

Durante entrega de 650 ambulâncias do Samu, ontem, em Tatuí (SP), tucanos e
petistas travaram uma batalha de números e conquistas
na área da saúde.


Frota

3,8 mil veículos: Dilma disse que até o fim do ano o País contará com mais que o dobro das atuais 1.488 ambulâncias do Samu.

Hospitais
Serra afirmou que seu governo complementa as ações do Samu, investindo na rede hospitalar. Segundo ele, nos últimos três anos foram feitos dez






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