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Cultura
Quinta - 25 de Março de 2010 às 12:17

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Carioca de nascimento, mas cuiabano de coração, o maestro, compositor, músico, pensador e agitador cultural Roberto Victorio apresenta nesta sexta-feira, dia 26, em São Paulo,  o seu mais recente trabalho: Chronos, em que a multiplicidade de tempos se materializa na música contemporânea. O concerto tem entrada gratuita e ocorre no auditório da Unesp, a partir das 20 horas. No palco, os músicos Rogério Wolf (flauta), Eduardo Gianesella (bateria), Paulo Passos (clarinete), Joaquim Abreu (percussão múltipla e marimba solo) e Dimos Goudaroulis (violoncelo solo).

Na última terça-feira, dia 23, Victorio apresentou seu trabalho para o público carioca, na Unirio, entusiasmando a platéia formada por estudantes e apreciadores de música, e em abril, será a vez de Cuiabá receber o lançamento. Estudioso da música contemporânea, Roberto Victorio rompe com o convencional, se entrega a novos caminhos, apresentando um trabalho focado na experimentação e na simultaneidade de tempos heterogêneos. “Chronos” (que significa tempo terreno em grego) tem o tempo e a relação temporal interna como principais elementos direcionadores nas obras.

Dividido em dois CD’s, “Chronos” é um ciclo que reúne 10 peças para distintas formações instrumentais, criadas a partir da temática multiplicidade de tempo, numa introspecção na musicalidade. As obras foram concebidas num período de quatro anos. Sua busca pela complexidade e múltiplas possibilidades o fez pesquisar, por exemplo, na etnia indígena Bororo, interior de Mato Grosso, sonoridade extraída das flautas sagradas. Para tanto, foram dois anos convivendo com os índios para conseguir conquistar a confiança deles a ponto de permitirem o contato com o objeto sagrado.

Para materializar o projeto, Roberto Victorio contou com a participação de músicos experientes e premiados internacionalmente. São musicistas que extraem dos instrumentos todo o seu potencial de existência. Um envolvimento intenso na interpretação da peça. Chronos permite o engajamento do instrumentista em atividades que o envolvem como pessoa, e não como simples máquina de produção sonora. São atividades que incitam o executante a trazer seu próprio tempo para a obra, construindo, junto com o compositor, a trama resultante. “Chronos” conta com patrocínio da Petrobras, por meio da Lei de Incentivo à Cultura (Lei Rouanet).






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