Comer menos carne não reduzirá o aquecimento global e aqueles que sustentam essa teoria desviam a atenção da sociedade sobre as verdadeiras causas das mudanças climáticas, afirmou nesta segunda-feira um especialista americano. "Está claro que podemos reduzir nossa produção de gases nocivos, mas não consumindo menos carne ou leite", afirma Frank Mitloehner, especialista em qualidade do ar da Universidade da Califórnia-Davis durante uma conferência da American Chemical Society, na Califórnia.
No estudo, Mitloehner insiste em desmetir certos informes, incluindo um publicado em 2006 pelas Nações Unidas, que supervaloriza o papel dos animais no aquecimento global. Recentemente, uma campanha europeia com forte apoio do ex-Beatle Paul McCartney, ativista vegetariano, defendia o slogan "Menos carne = menos aquecimento". "McCartney e os demais têm boas intenções, mas não possuem bons conhecimentos nas complexas relações entre as atividades humanas, a digestão animal, a produção de alimentos e a química atmosférica", declarou Mitloehner.
Os países em desenvolvimento "teriam que adotar modos de lidar com o gado mais eficazes, ao estilo ocidental, para produzir mais alimentos com uma menor produção de gases de efeito estufa", acrescentou o cientista. "Produzir menos carne e leite levará apenas mais fome aos países pobres", concluiu.
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