Exame genético indica dosagem de anticoagulantes para pacientes
Isso evita diversas internações para tratar hemorragias e coágulos sanguíneos durante o período de ajuste do tratamento, de acordo com uma pesquisa divulgada nesta terça-feira (16).
Este estudo clínico realizado pelo grupo médico americano Medco e pelo Clínica Mayo mostra que as internações em hospitais para os casos provocados por hemorragias ou coágulos podem ser reduzidos em quase um terço.
Para isso, bastaria a comprovação das variações de dois genes que influem fortemente na sensibilidade do paciente à warfarina, um forte anticoagulante dos mais prescritos pelos médicos.
Cerca de dois milhões de pessoas por ano iniciam um tratamento com warfarina nos Estados Unidos para impedir a formação de coágulos sanguíneos quando sofrem de fibrilação auricular --a forma de arritmia cardíaca mais frequente-- ou depois da substituição cirúrgica de uma válvula do coração.
Prevenção
"O exame genético é uma ferramenta à qual os médicos podem recorrer para determinar desde o início do tratamento a melhor dosagem de warfarina", explicou Robert Epstein, médico chefe do Medco e diretor do instituto de pesquisas desse grupo.
Epstein é o principal autor do estudo apresentado no último dia da conferência anual do American College of Cardiology, reunida em Atlanta (sudeste dos Estados Unidos) desde sábado (13).
"Os pacientes podem desta forma ser beneficiados com uma dose adequada mais rapidamente, e dessa forma ter um risco menor de efeitos indesejados", afirmou Epstein.
A sensibilidade à warfarina é muito variável, fazendo com que o ajuste de uma dosagem adequada para cada paciente possa levar semanas e até meses de repetidos exames de sangue.
Durante esse período de ajuste do tratamento, os pacientes correm um risco elevado, seja de trombose, de formação de um coágulo em uma veia como resultado de uma dosagem errada de warfarina ou de uma hemorragia por uma quantidade muito alta do anticoagulante.
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