Silval: Sistema ferroviário consolidará o desenvolvimento de Mato Grosso

A construção da Ferrovia Centro-Oeste, cujo projeto foi apresentado nesta segunda-feira (15.03) em Lucas do Rio Verde (354 km ao norte de Cuiabá), deverá consolidar Mato Grosso como celeiro da produção mundial de grãos. Essa é a visão do vice-governador de Mato Grosso, Silval Barbosa (PMDB), presente na apresentação do projeto, juntamente com o governador Blairo Maggi (PR) e autoridades locais e nacionais.

“A Ferrovia Centro Oeste é um instrumento de suma importância para Mato Grosso continuar crescendo, expandindo as atividades agrícolas e agregando cada vez mais valor a sua produção. Em 2008, nós contribuímos com 27% do Produto Interno Bruto (PIB) da balança comercial do país, já em 2009, contribuímos com 30%. Portanto, nós precisamos de uma força conjunta para estruturar a logística do nosso estado, que realmente contribui com a balança comercial e que alimenta o mundo”, salientou Silval Barbosa.

Projetada para ser interligada de Uruaçu (GO) a Vilhena (RO), num traçado de 1.602 quilômetros, a Ferrovia de Integração Centro-Oeste exigirá investimentos da ordem de R$ 6,4 bilhões e deverá ser concluída até 2014. Essa ferrovia é a primeira parte da Ferrovia Transcontinental (EF-354), que é planejada com 4.400 quilômetros de extensão, e, desde já, conta com recursos garantidos no Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) 2 a ser lançado nos próximos meses, conforme adiantou a ministra chefe da Casa Civil, Dilma Rousseff.

Segundo estimativas da Associação de Produtores de Soja e Milho de Mato Grosso (Aprosoja), o traçado irá proporcionar uma economia de R$ 1 bilhão no escoamento da safra produzida em Mato Grosso, o que dará ao estado condições de competitividade com os demais situados nas proximidades dos portos. O projeto também prevê a construção de terminais de carga nos municípios mato-grossenses de Lucas do Rio Verde, Sapezal, Campo Novo do Parecis e Água Boa.

Ainda de acordo com Silval Barbosa, ao contrário do que vem sendo pregado pela oposição, a implantação da Ferrovia Centro Oeste não implicará na descontinuidade das obras da Ferronorte, que hoje está sob a responsabilidade da América Latina Logística (ALL). “Um projeto não excluiu o outro”, ressaltou, pedindo o empenho dos representantes de todas as esferas de poder para a execução das duas obras.

“Mato Grosso avança desde 2003 com políticas públicas que primam pelo desenvolvimento sustentável. Sabemos que é possível triplicar a nossa produção, que hoje é realizada em menos de 9% do território estadual, sem tocarmos em um pé de árvore. Além disso, Mato Grosso se diferencia dos demais estados por concentras as mais diversas cadeias produtiva: agropecuária, madeireira, riquezas minerais, entre outras”, ponderou Silval, ao argumentar que o Estado tem muita viabilidade para os projetos ferroviários.

Ao todo, quatro Estados brasileiros, Acre, Rondônia, Goiás e Mato Grosso, serão ligados pela Ferrovia de Integração que servirá como solução para os problemas de logística da BR-163 e BR-158, sendo que 59 municípios mato-grossenses deverão ser beneficiados com a proposta.