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Politica Brasil
Segunda - 15 de Março de 2010 às 23:36
Por: Gabriela Guerreiro

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Ex-secretário do governo José Roberto Arruda, o deputado Alberto Fraga (DEM-DF) classificou nesta segunda-feira de "golpe" a possibilidade de intervenção da União no Distrito Federal. Conhecido por ser um dos mais próximos colaboradores de Arruda, Fraga insinuou que a intervenção seria uma estratégia para beneficiar a pré-candidata do PT ao Palácio do Planalto, Dilma Rousseff, que teria na sua campanha o palanque do nome escolhido pelo governo federal para comandar o DF.

"As pesquisas de opinião pública não aceitam essa tentativa de golpe. Talvez porque a ministra Dilma Rousseff não tenha um palanque no Distrito Federal, mas não se justifica falar em intervenção no Distrito Federal. Os órgãos estão funcionando normalmente. Portanto, não justifica", afirmou.

Da tribuna da Câmara, Fraga disparou ataques ao procurador-geral da República, Roberto Gurgel, que apresentou pedido de intervenção ao STF (Supremo Tribunal Federal). "Quero dizer ao senhor procurador da República que na época do mensalão do PT ele deveria também ter falado em intervenção. Onde ele estava? E se ele é pau mandado de alguém está fazendo a coisa errada porque nós vamos reagir e não vai haver essa intervenção mentirosa e tendenciosa que estão querendo fazer no Distrito Federal", afirmou.

Segundo o deputado, o STF não deve ter pressa para julgar o pedido de intervenção no DF uma vez que há outros 129 à espera de análise da Corte. "Não quero acreditar que por trás de tudo isso existe algo sistêmico, alguma coisa muito profunda que talvez não esteja ao alcance dos olhos daqueles que só querem ver o circo pegar fogo."

Ao defender Arruda, Fraga disse que não há motivos para que o governador continue na prisão porque o caso do DF virou "cortina de fumaça" para outras irregularidades cometidas no país.

"Acho até que já estão passando dos limites, o governador se encontra preso pelo suposto crime de suborno. Na pena pelo crime de suborno não está prevista a prisão, portanto, se houvesse uma condenação do governador Arruda ele já teria pagado muito mais com os 32 dias que se encontra preso.Essa é a situação do Brasil. Quem acha que é diferente que atire a primeira pedra. O que tenho dito e vou repetir é que é mais uma cortina de fumaça."

Candidatura

Fraga havia anunciado, na semana passada, que será candidato ao governo do Distrito Federal "porque tem muita coisa boa que precisa dar continuidade". É o primeiro político local, em três meses de crise, a se apresentar à disputa --o nome mais forte especulado é o do ex-governador Joaquim Roriz (PSC).

Secretário de Transportes na gestão de Arruda, Fraga só entregou o cargo depois de sofrer ameaça de expulsão do partido. A decisão sobre se Fraga terá ou não a legenda, ressaltou, será do senador Marco Maciel (PE), escalado para indicar o novo diretório do partido no DF, dissolvido com a crise.






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