No dia 11 de março, DJ Zé Pedro comanda o set do Canela Fina, em Cuiabá
DJ Zé Pedro celebra a música popular brasileira em MPB Remix
Ele é irreverente, bem humorado e exímio conhecedor da Música Popular Brasileira. Na semana do Dia da Mulher, mais precisamente no dia 11 de março, o famoso DJ Zé Pedro (SP) anima o projeto Miscelânea, no lounge Canela Fina, em Cuiabá. No set, MPB Remix, uma viagem pelo universo da música, em que o estilo de Zé Pedro dita as regras. “Meu set costuma ser um caldeirão de ritmos e estilos, de Lady Ga Ga a Rita Lee; de Carlinhos Brown a Black Eyed Peas”, adianta ele sobre a apresentação em Cuiabá.
O projeto MPB Remix surgiu em 1996, quando Zé Pedro começou a fazer trilhas para os desfiles do São Paulo Fashion Week e a produzir música eletrônica misturada à clássicos da música brasileira.
DJ Zé Pedro é um profissional dedicado a música, em especial a brasileira, inserindo nas pistas canções de artistas nacionais, como Maria Bethânia, Elis Regina, Ney Matogrosso e Milton Nascimento. Apesar de ser conhecido como DJ, ele é considerado uma enciclopédia da MPB, atua em qualquer esfera musical, desde mixagens até a publicação de livro.
Um apaixonado por Música Popular Brasileira desde criança, Zé passou sua infância a garimpar novos intérpretes, compositores e adquiriu um conhecimento tão profundo que hoje ganha a vida fazendo isso. “A música brasileira está na minha vida desde sempre. Foi o estilo que eu escolhi desde criança para os meus ouvidos. As letras dessas canções sempre foram literatura para os meus olhos. Uma inspiração eterna”, afirma Zé Pedro.
É um dos DJs mais requisitados aqui no Brasil e faz sucesso no mundo todo tocando seus remixes de MPB. Entre os músicos que ele aponta como revelação, está a mato-grossense Vanessa da Mata. “Com a falência das grandes gravadoras, a pirataria e o mp3, os artistas da velha geração, conscientes dessa mudança, começaram a se renovar e os mais jovens, que não tinham oportunidade, passaram a ter por meio do Myspace e outras ferramentas da internet”, comentou Zé Pedro, acrescentando que “estamos num tempo de ótimas surpresas, para citar duas: a eterna inteligência musical de Maria Bethânia e a sofisticação pop de Vanessa da Mata”.
Ele começou a sua carreira no Resumo da Ópera, no Rio de Janeiro, no ano de 1990. Três anos depois se transfere para São Paulo, onde começa a tocar nos principais clubes como B.A.S.E., Kashmir e Gitana. Em 1996 começa a produzir trilhas das semanas de moda do Rio e São Paulo.
Na televisão, Zé Pedro animou os programas “Superpop” e “É Show”, ao lado da apresentadora Adriane Galisteu. Depois migrou para o Rádio, apresentando um programa de música brasileira eletrônica na MPB FM do Rio, onde recebia cantores e músicos.
No seu primeiro disco, lançado em 2002, “Música para Dançar”, remixou clássicos da MPB, e foi indicado ao Prêmio Tim de Música Eletrônica. E em 2005 lançou seu segundo disco, como produtor, “Quero Dizer a Que Vim”. Desta vez, com remixes de artistas como Djavan, Marina Lima e Gal Costa. Em seguida, embarcou para o exterior divulgando o seu trabalho em Nova York, Portugal e França.
Produziu remixes exclusivos para os discos de Marina Lima - “Vestidinho Vermelho”, Gal Costa - "Chora Tua Tristeza”, Fernanda Porto -“Corações a Mil” e Ana Carolina -“Eu Comi a Madonna”.
Em 2006 se torna colaborador da revista MAG, escrevendo artigos sobre música brasileira e assume como DJ residente do Clube Royal em São Paulo. No ano seguinte, publica o livro “Meus Discos e Nada Mais”, no qual conta histórias de sua vida como DJ e comenta sobre os 155 discos da música brasileira que influenciaram sua carreira.
Com seu terceiro disco recém-lançado, “Essa Moça ta diferente”, pela gravadora Lua Music, Zé Pedro traz 14 remixes de “suas cantoras”, que vão de Marisa Monte a Maysa, entre outras.
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