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MT Eleições 2014
Sexta - 05 de Março de 2010 às 09:37
Por: Jonas Jozino

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Em cima do muro. Esta continua sendo a posição do Procurador Geral da República em São Paulo, Pedro Taques. Ele confirmou durante o programa “Cidade Independente”, do radialista Edivaldo Ribeiro, na rádio Cidade, que vem recebendo convites de quase todos os partidos políticos para ingressar na carreira política, mas ainda não se decidiu. Para ser candidato teria antes de solicitar exoneração do cargo.

Ao participar do programa, Pedro Taques optou em manter o mistério em torno de sua entrada na vida política e disputar o Senado Federal, embora reconheça ter sido procurado por todos os partidos do Estado. Um dos principais entraves é a necessidade de pedir a exoneração do cargo de Procurador Geral da República, uma vez que para se candidatar a qualquer cargo político é necessário deixar a vida pública.

“Não sou candidato, candidato só após eleição. Pessoas me convidam para entrar na política. Só existem candidatos após as eleições. Hoje estou tranqüilo, decisão só no prazo normal – tem até dia 4 de abril para deixar o cargo, se filiar a um partido político –“, disse. Taques lembra que deixando o Ministério Público não volta mais, sai zero. “Mas diz que dinheiro não é tudo. Rondon atravessou o Estado a pé e não foi por causa de dinheiro. Foi o sonho. Dinheiro não é impediditivo, dinheiro é importante na vida, tenho de pagar escola, comer, viver, lembra, enfatizando que se deixar o poder judiciário pode viver como professor em Cuiabá, São Paulo e alguns estados. “Posso passar a viver professor. Se decidir entrar na vida político para ser útil ao Estado Mato Grosso”, completa.

Mantendo o suspense sobre seu futuro e a possível entrada na vida política, Pedro Taques alertou que tem até quatro de abril para decidir o que vai fazer. “Tenho um prazo legal. A lei tem de ser obedecida. Estou tranqüilo”, diz ressaltando que tudo na vida é política e que não vê problema em ingressar em uma nova carreira.  “É uma hipocrisia acreditar que se estiver mandando carta a uma criança de cinco anos não é política. Hipocrisia é dizer que realizar concurso de miss não é política. Tudo é política. Se o homem de bem não entrar na política, não vamos melhorar este Brasil. Não sou pessoa de ficar sentada, temos de fazer o acontecer”, e completa que “no Brasil ladrão pode ser candidato, estuprador pode ser candidato, eu não posso ser candidato”, em referência a obrigatoriedade de pedir exoneração do cargo de Procurador Geral da República se quiser entrar na carreira política.

Indagado pelo radialista Edivaldo Ribeiro o que achava de adversários como Wilson Santos (PSDB), Silval Barbosa (PMDB) e Mauro Mendes (PSB), Pedro Taques manteve a postura de não fazer críticas e não analisar possíveis concorrentes. “Não gostaria de fomentar a conversa, me sinto habilitado para julgar quem quer que seja. Acerto de Estado é feito em evolução. Os políticos que ai estão vão deixar a carreira política, mas o Brasil e Mato Grosso vão continuar. Estado crescer através de projeto. Temos de pensar daqui 15, 20 anos. Eu penso que o Estado demora para acabar. Infelizmente as pessoas pensam só nas próximas eleições. Sobre Wilson Santos, conheço, não tenho problemas, existe dificuldades, problemas, mas é preciso lembrar que existe pontos positivos, como a Educação. O governo do Estado também existe avanço, mas não iniciou em 2002. É preciso parar de discutir pessoas, temos de discutir projetos para o futuro de nosso estado. Temos de parar de estabelecer se este presta ou  se este não presta.

Pedro Taques encerrou sua participação na entrevista voltando a esconder seu futuro político quando indagado se deixará ou não o Ministério Público. “Resolvi que quero ser útil ao Estado de Mato Grosso. Professor é útil, policial militar é útil. Não necessariamente na política. Agora a política é interessante é fundamental, nos dá meios para construir. Sem um Estado descente não vamos ter uma vida melhor”, completou.






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